Maduro: presidente da Venezuela confirma conversa com Trump em meio ao aumento das tensões. (ZURIMAR CAMPOS/Venezuelan Presidency/AFP)
Repórter
Publicado em 4 de dezembro de 2025 às 07h00.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, confirmou nesta quarta-feira que conversou por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, há cerca de dez dias.
O diálogo ocorreu em meio às crescentes tensões entre os dois países após a mobilização militar americana no Caribe. Maduro afirmou que recebeu uma ligação da Casa Branca para o Palácio de Miraflores e classificou a conversa como “cordial”.
Durante ato transmitido pela emissora estatal VTV, Maduro disse que o contato se deu em “tom de respeito” e expressou expectativa de que possa representar um caminho para um diálogo bilateral. Os dois países não mantêm relações diplomáticas formais desde 2019.
O presidente venezuelano declarou, em inglês, “Welcome dialogue, welcome diplomacy”, e defendeu que a relação entre Caracas e Washington avance com base em respeito e negociações. Maduro afirmou confiar que “tudo sairá bem” para a paz e o futuro da Venezuela.
No domingo, Trump disse a jornalistas, a bordo do Air Force One, que havia conversado com Maduro, mas não detalhou o teor do diálogo. Segundo o The New York Times, que citou 'fontes anônimas', a ligação teria ocorrido na segunda metade de novembro para discutir a possibilidade de uma reunião entre os dois presidentes nos Estados Unidos.
A reportagem indica que o secretário de Estado Marco Rubio participou da chamada. O jornal informou que a conversa não resultou em planos concretos para um encontro presencial, embora Maduro já tenha manifestado interesse em dialogar diretamente com Trump.
O ambiente bilateral se deteriorou nas últimas semanas. No sábado, Trump advertiu pilotos e companhias aéreas a considerarem o espaço aéreo da Venezuela e regiões próximas como “fechado”. A postura intensificou o clima de tensão, que envolve disputas sobre segurança regional e operações militares americanas no Caribe.
*Com informações da EFE