Maduro faz juramento como presidente reeleito na Assembleia Constituinte
Maduro assumiu o cargo em cerimônia na Assembleia Nacional Constituinte (ANC), que era prevista para acontecer em janeiro de 2019 no Parlamento
AFP
Publicado em 24 de maio de 2018 às 14h56.
Última atualização em 24 de maio de 2018 às 15h19.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro , prestou juramento nesta quinta-feira (24) como chefe de Estado reeleito perante a Assembleia Constituinte, apesar de seu segundo mandato de seis anos começar a valer de fato em 10 de janeiro de 2019.
"Juro ante este poder Constituinte plenipotenciário, ante a Constituição (...) ante o povo da Venezuela cumprir e fazer cumprir a Constituição e levar adiante todos as mudanças revolucionárias", disse Maduro, em sessão solene.
No poder desde 2013, o governante socialista explicou que essas reformas deverão conduzir a Venezuela "à paz, prosperidade e felicidade".
O juramento foi feito por Delcy Rodríguez, presidente da Assembleia Constituinte, que adiantou para o último domingo as eleições tradicionalmente realizadas em dezembro.
"Você jura fortalecer o caráter anti-imperialista e anti-oligárquico da revolução bolivariana e a natureza socialista deste processo de transformação profunda?", perguntou Rodriguez para Maduro, que reiterou a lealdade a seu falecido mentor, Hugo Chávez (1999-2013).
Antes do juramento, a Assembleia Constituinte aprovou por aclamação um decreto esclarecendo que o novo mandato terá início em 10 de janeiro.
"Deverá prestar juramento e tomar posse em 10 de janeiro de 2019", diz o texto.
De acordo com a Carta Magna de 1999, que está sendo reformada pela Assembleia Constituinte, o chefe de Estado eleito deve tomar posse nesse dia perante a Assembleia Nacional (Legislativo).
No entanto, o Parlamento de maioria opositora foi declarado há mais de dois anos em desacato pelo Supremo Tribunal de Justiça (TSJ), que, consequentemente, considera todas as suas decisões nulas e sem efeito.