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Maduro ameaça expulsar CNN da Venezuela

Presidente venezuelano classificou a cobertura da rede de "propaganda de guerra"

Partidário da oposição durante uma manifestação na Praça Altamira, em Caracas, na Venezuela (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Partidário da oposição durante uma manifestação na Praça Altamira, em Caracas, na Venezuela (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2014 às 21h42.

Caracas - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ameaçou nesta quinta-feira expulsar do país a CNN se a emissora norte-americana não mudar sua cobertura dos protestos antigovernamentais, a qual qualificou de "propaganda de guerra".

A onda de protestos que deixou pelo menos cinco mortos se intensificou nesta quinta-feira. Opositores montaram barricadas nos bairros ricos de Caracas e em cidades do interior, depois de uma noite violenta na capital com enfrentamentos entre manifestantes e forças de segurança.

"Eu disse à ministra (da Comunicação) que notifique a CNN que começamos o processo administrativo para tirá-los da Venezuela se não corrigirem (a cobertura)", disse Maduro em um evento transmitido em rede de rádio e televisão.

O mandatário disse que a emissora internacional tem como objetivo "justificar uma guerra civil" e a "intervenção" de tropas norte-americanas na Venezuela.

"Que a CNN se vá da Venezuela, já basta de propaganda de guerra, não aceito propaganda de guerra contra a Venezuela, se não corrigirem, fora da Venezuela CNN, fora!", acrescentou Maduro.

Milhares de venezuelanos protestam nas ruas há três semanas contra a elevada inflação, a escassez de produtos básicos e a falta de segurança no país produtor de petróleo.

Na semana passada, o canal internacional de notícias em espanhol NTN24, transmitido da Colômbia, denunciou que seu sinal na Venezuela foi cortado enquanto informava sobre os confrontos entre opositores e partidários do governo.

A CNN transmite notícias por meio do serviço de televisão a cabo na América Latina.

Os venezuelanos denunciam um "apagão informativo" porque as principais emissoras de rádio e televisão - a maioria nas mãos do Estado - não transmitiram os fatos mais violentos dos enfrentamentos.

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