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Macron e May debatem migração no Canal da Mancha

ÀS SETE - Líderes devem definir hoje novas regras de migração para a região nesta quinta-feira

Antes de fazer sua viagem ao Reino Unido para discutir o assunto, Macron visitou o campo de refugiado de Calais, na França
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Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2018 às 06h26.

Última atualização em 18 de janeiro de 2018 às 07h21.

O presidente francês, Emmanuel Macron, deve definir hoje novas regras de migração nesta quinta-feira com a primeira-ministra britânica, Theresa May.

Antes de fazer sua viagem ao Reino Unido para discutir o assunto, Macron visitou o campo de refugiado de Calais, na França, onde centenas de refugiados estão abrigados de forma improvisada, em assentamentos ilegais, e de onde tentam migrar para o Reino Unido.

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Após a visita ao campo, realizada na terça-feira, Macron afirmou que não deixaria outra “selva” (como o campo de Calais é chamado, de forma depreciativa) ser erguida na França, e deu um recado aos imigrantes, dizendo que estavam num “beco sem saída”.

Em outubro de 2016, a França começou a desmontar o campo e, naquele ano, a polícia francesa frustrou cerca de 170.000 tentativas de migração pelo canal da Mancha, que leva ao Reino Unido. Em 2017, foram 115.000 impedimentos.

Dentre as exigências que a França deve fazer ao Reino Unido, estão a necessidade de receber mais dinheiro para conseguir lidar adequadamente com os imigrantes sem documentos e para evitar as investidas pelo canal, mais agilidade na concessão de asilo em território britânico aos que têm direito a refúgio no país e um posicionamento em relação às crianças desacompanhadas.

A negociação com o Reino Unido é um passo para minimizar a desorganização em Calais, mas a própria França está revendo suas leis migratórias, que devem ser discutidas em fevereiro.

O país deve tentar acelerar a concessão de asilo a refugiados, além de aumentar a deportação dos imigrantes ilegais em território francês.

Ajustar as próprias regras e negociar novas condições de forma bilateral foi uma saída mais rápida do que pedir uma revisão do Tratado de Touquet, firmado em 2003 por França e Reino Unido para combater a imigração ilegal no Canal da Mancha. Uma situação fora de controle há anos.

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