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Macri tem maratona de encontros para tirar Argentina do esquecimento

Macri se reúne com Macron e com Conte nesta quinta, e tem reuniões marcadas com líderes globais até o fim desta semana

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Mauricio Macri: presidente argentino se encontrará, de tarde, com o primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte (Sergio Perez/Reuters)

Mauricio Macri: presidente argentino se encontrará, de tarde, com o primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte (Sergio Perez/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2018, 07h17.

Dois compromissos do presidente argentino Mauricio Macri iniciam o processo diplomático pré-G20, nesta quinta-feira. Macri se encontrará de manhã com o presidente francês Emmanuel Macron, na Casa Rosada, e discutirá a compra de material bélico para as forças armadas francesas. Este será o terceiro encontro entre os líderes, que já discutiram outros acordos bilaterais em Davos e em Paris.

De tarde, Macri se encontrará com o primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte, onde discutirá a aproximação dos blocos econômicos Mercosul e União Europeia. Embora o interlocutor não seja o melhor – uma vez que Giuseppe Conte faz parte de um governo de coalizão nacionalista criticado pelo bloco europeu –, Macri sinaliza sua vontade de se reaproximar dos líderes mundiais.

Segundo o coordenador da Unidade Técnica do G20 na Argentina, Hernán Lombardi, não há registro na história do país de tantos encontros com líderes globais em menos de 96 horas. Macri ainda se encontrará com o americano Donald Trump, com o russo Vladimir Putin, com o chinês Xi Jinping, com a primeira-ministra britânica Theresa May (que negociará a criação de voos para as ilhas Malvinas, território britânico) e o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe. O presidente argentino também se encontrará com o presidente sul-coreano, Moon Jae In, com o presidente espanhol Pedro Sanchez, com o premiê da Índi, Narendra Modi, e com o líder de Singapura, Halimah Yacob.

O encontro com Trump, marcado para a sexta, pode reacender a ideia do país de se tornar um membro-permanente da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), privilégio de economias mais estáveis, como a colombiana.

Quando assumiu, há três anos, Macri teve seu momento de destaque em Davos, no Fórum Econômico Mundial, onde pregou por um Mercosul mais forte e falou sobre a recuperação da economia argentina. A recuperação virou nova recessão este ano, com caos no câmbio, na inflação e nas reservas do país.

Para Macri e para a Argentina, portanto, esses encontros são essenciais para colocar o país na rota de novas negociações financeiras e políticas. Vale lembrar que o governo argentino negociou com o Fundo Monetário Internacional (FMI), em abril deste ano, um empréstimo no valor de 50 bilhões de dólares em três anos, para a recuperação monetária. A moeda argentina, o peso, sofre uma depreciação de mais de 40% desde o início do ano.

Um encontro ainda não confirmado é com o brasileiro Michel Temer. Em fim de mandato, Temer tem pouco a fazer para tirar a Argentina do atoleiro. Seu sucessor, Jair Bolsonaro, tende a complicar ainda mais a situação dos vizinhos, caso vire de fato as costas para o Mercosul.

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