MACRI E TEMER: os governos da Argentina e do Brasil têm apostado no ajuste fiscal para retomar o crescimento / Adriano Machado/Reuters
Da Redação
Publicado em 7 de fevereiro de 2017 às 17h44.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h50.
Macri: força ao Mercosul
Em visita ao Brasil nesta terça-feira, o presidente argentino Mauricio Macri defendeu o fortalecimento do Mercosul. Discursando no Palácio do Planalto — onde se encontrou com o presidente Michel Temer —, o argentino pediu a aproximação do Mercosul com países latino-americanos que não fazem parte do bloco, como México, Chile, Peru e Colômbia. Aproveitando as restrições do presidente americano, Donald Trump, aos produtos do México, afirmou ter dito ao presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, que deseja “aprofundar o diálogo”. Macri também defendeu negociações com a União Europeia e assinou com Temer acordos de cooperação diplomática e proteção de fronteiras.
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DeVos confirmada
A escolhida de Donald Trump para a Secretaria da Educação dos Estados Unidos, Betsy DeVos, foi confirmada pelo Senado. Mas a confirmação foi longe de ser tranquila: a Casa passou a noite discutindo a escolha, e o vice-presidente Mike Pence teve de ser chamado para desempatar a votação — como prevê a Constituição nesse caso. Dois senadores republicanos chegaram a se unir aos democratas e votar contra Betsy. A principal crítica é o fato de a nomeada ser filantropa da educação privada e forte defensora de vouchers para estudantes no lugar do investimento em escolas públicas.
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EU: acordo com Trump?
O vice-presidente da Comissão Europeia, Jyrki Katainen, disse nesta terça-feira que tem esperança de retomar as negociações bilaterais com os Estados Unidos no governo de Donald Trump. Durante a gestão do ex-presidente Barack Obama, europeus e americanos negociavam um acordo chamado TTIP (sigla em inglês para Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento). A esperança de Katainen se baseia no fato de que, segundo ele, a TTIP “não foi mencionada” nos discursos de Trump contra o comércio internacional — ao contrário do tratado multilateral TPP, que incluía 12 países e do qual Trump retirou os EUA logo que assumiu a Presidência.
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Sarkozy encrencado
Autoridades francesas convocaram o ex-presidente Nicolas Sarkozy para prestar depoimento sobre irregularidades em sua campanha de 2012 — na ocasião, ele perdeu para o atual presidente, François Hollande. O ex-presidente é acusado de ter superado o teto de 22,5 milhões de euros permitidos, emitindo faturas falsas para burlar a regra. As investigações começaram em 2014 e Sarkozy foi formalmente acusado em fevereiro de 2016, destruindo sua chance de ser pré-candidato à Presidência pelo partido Os Republicanos — ele acabou perdendo para François Fillon.
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Tortura na Síria
Com base em entrevistas com testemunhas, a Anistia Internacional divulgou dados que mostram que o governo sírio do presidente Bashar al-Assad executou até 13.000 prisioneiros com enforcamentos em massa e praticou sessões de tortura na prisão Sednaya, perto de Damasco, entre 2011 e 2015 — logo após o início do levante da Primavera Árabe que culminou numa guerra civil no país. O relatório diz que as vítimas eram “majoritariamente civis que se opuseram ao governo”.
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ONU: Israel viola lei
Após o Parlamento de Israel aprovar uma lei que torna legais os assentamentos israelenses em território palestino, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, disse nesta terça-feira que a medida é “uma violação da lei internacional e terá consequências legais”. O texto legaliza 3.900 casas israelenses em território palestino, embora as moradias sejam consideradas irregulares pela comunidade internacional. O presidente palestino, Mahmud Abbas, disse que a lei é uma “agressão à Palestina” e pediu a imposição de sanções internacionais contra Israel.
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GM supera previsões (de novo)
A montadora General Motors anunciou seus resultados do quarto trimestre de 2016 e superou as expectativas pelo sétimo semestre seguido, com lucros de 1,28 dólar por ação e 43,91 bilhões de dólares de faturamento. Mas, após dois anos de crescimento recorde e embora o diretor financeiro Chuck Stevens diga que “não poderia estar mais feliz”, a terceira maior montadora do mundo afirmou que não deve manter o mesmo ritmo de crescimento em 2017. Perguntada se a administração Trump poderia atrapalhar os negócios — por exigir que as montadoras produzam nos Estados Unidos —, a presidente Marry Barra diz não se preocupar e afirmou que o republicano “está realmente ouvindo” os empresários.