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Luto e resistência em Orlando após atentado

No domingo à noite, muitas famílias organizaram vigílias perto do leito de seus parentes no hospital regional de Orlando

Massacre: no domingo à noite, muitas famílias organizaram vigílias perto do leito de seus parentes no hospital regional de Orlando (Athit Perawongmetha / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2016 às 12h23.

A população de Orlando decidiu honrar os mortos depois que um atirador matou 50 pessoas em uma boate gay da cidade do estado da Flórida , ao mesmo tempo em que mostra determinação em reagir à tragédia.

No domingo à noite, muitas famílias organizaram vigílias perto do leito de seus parentes no hospital regional de Orlando.

Angel Colon deixou o local agradecido por ter encontrado o filho, Angel Jr, de 26 anos, vivo e em condição estável, apesar de ter sido atingido por três tiros, incluindo um que perfurou a perna.

Derrubado pelas balas e com a perna quebrada, Angel não conseguiu escapar da Pulse, a popular boate que virou cenário de terror na madrugada de domingo.

Colon disse que uma jovem caiu ao lado do filho e que os dois permaneceram de mãos dadas enquanto o criminoso caminhava pelo clube noturno, atirando metodicamente contra as pessoas que estavam no chão.

"Depois atirou contra a garota. Parece que ela não sobreviveu", contou o pai.

"Quando o vi, o abracei, Eu disse a ele em espanhol: Pai, Deus está te dando outra oportunidade".

Mais cedo, as autoridades se reuniram com parentes das vítimas em um hotel e anunciaram os nomes das pessoas hospitalizadas.

Alguns começaram a chorar quando não ouviram os nomes de seus familiares, deduzindo que teriam sido mortos no tiroteio mais violento da história dos Estados Unidos.

Paralelamente, quase 300 pessoas se reuniram na igreja El Calvario, perto do centro de Orlando, para homenagear as vítimas.

Durante quase uma hora rezaram e cantaram hinos com as mãos elevadas ao céu, ao mesmo tempo que uma forte chuva caía sobre a cidade.

Milhares de doadores de sangue

Mas a chuva não afugentou as muitas pessoas que decidiram doar sangue nos postos montados em diversos pontos da cidade.

"No posto central havia milhares de pessoas", relatou Sonia Drudge que decidiu doar sangue pela primeira vez em sua vida.

"E cheguei às 11 horas. A espera era de cinco horas. Nunca vi algo como isto", disse.

"Minha irmã é gay e eu tenho muitos parentes na comunidade gay e lésbica e sinto que tenho que fazer isto por estas pessoas", explicou Drudge.

Claudia Santesimo, frequentadora da Pulse, esperou três horas para doar sangue e não conseguia entender o massacre.

"Você imagina que alguém pode ser agredido em um estacionamento, mas não um ataque", disse.

Mas Sonia Drudge afirmou que não estava surpresa. Orlando é uma cidade que atrai 62 milhões de turistas por ano com seus parques de diversão e inúmeras atrações. Há algum tempo era considerada um alvo para terroristas.

"Sabemos que somos 'marco zero', que estamos no topo da lista lista de ataques terroristas por causa de quem somos. É Orlando, o local mais alegre do planeta. Eu esperava isto", afirmou.

Para os moradores de Orlando, a proliferação de armas é uma preocupação maior que os jihadistas.

Armas "fora de controle"

"Estou cansado das orações silenciosas", reagiu Corrine Brown, legisladora de Orlando na Câmara de Representantes pelo Partido Democrata.

"Temos que fazer algo com as armas nos Estados Unidos. Ninguém deveria poder matar 50 pessoas assim, nunca mais", disse à AFP.

"Está fora de controle. As pessoas não usam as armas para caçar, não as usam para proteção, e sim para matar outras pessoas".

Poucas horas depois do massacre e apesar do grande número de vítimas fatais, em Orlando muitos já falam da recuperação após a tragédia.

"Somos uma comunidade resistente, um estado resistente, uma nação resistente", afirmou Rick Scott, governador republicano da Flórida.

"Isto é avassalador, mas não vai deter o amor que existe em Orlando. Amamos a nossa comunidade LGBT", disse Kathleen Gordon, vice-presidente de um conselho escolar da cidade.

"Não podem nos deter", concluiu.

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A população de Orlando decidiu honrar os mortos depois que um atirador matou 50 pessoas em uma boate gay da cidade do estado da Flórida , ao mesmo tempo em que mostra determinação em reagir à tragédia.

No domingo à noite, muitas famílias organizaram vigílias perto do leito de seus parentes no hospital regional de Orlando.

Angel Colon deixou o local agradecido por ter encontrado o filho, Angel Jr, de 26 anos, vivo e em condição estável, apesar de ter sido atingido por três tiros, incluindo um que perfurou a perna.

Derrubado pelas balas e com a perna quebrada, Angel não conseguiu escapar da Pulse, a popular boate que virou cenário de terror na madrugada de domingo.

Colon disse que uma jovem caiu ao lado do filho e que os dois permaneceram de mãos dadas enquanto o criminoso caminhava pelo clube noturno, atirando metodicamente contra as pessoas que estavam no chão.

"Depois atirou contra a garota. Parece que ela não sobreviveu", contou o pai.

"Quando o vi, o abracei, Eu disse a ele em espanhol: Pai, Deus está te dando outra oportunidade".

Mais cedo, as autoridades se reuniram com parentes das vítimas em um hotel e anunciaram os nomes das pessoas hospitalizadas.

Alguns começaram a chorar quando não ouviram os nomes de seus familiares, deduzindo que teriam sido mortos no tiroteio mais violento da história dos Estados Unidos.

Paralelamente, quase 300 pessoas se reuniram na igreja El Calvario, perto do centro de Orlando, para homenagear as vítimas.

Durante quase uma hora rezaram e cantaram hinos com as mãos elevadas ao céu, ao mesmo tempo que uma forte chuva caía sobre a cidade.

Milhares de doadores de sangue

Mas a chuva não afugentou as muitas pessoas que decidiram doar sangue nos postos montados em diversos pontos da cidade.

"No posto central havia milhares de pessoas", relatou Sonia Drudge que decidiu doar sangue pela primeira vez em sua vida.

"E cheguei às 11 horas. A espera era de cinco horas. Nunca vi algo como isto", disse.

"Minha irmã é gay e eu tenho muitos parentes na comunidade gay e lésbica e sinto que tenho que fazer isto por estas pessoas", explicou Drudge.

Claudia Santesimo, frequentadora da Pulse, esperou três horas para doar sangue e não conseguia entender o massacre.

"Você imagina que alguém pode ser agredido em um estacionamento, mas não um ataque", disse.

Mas Sonia Drudge afirmou que não estava surpresa. Orlando é uma cidade que atrai 62 milhões de turistas por ano com seus parques de diversão e inúmeras atrações. Há algum tempo era considerada um alvo para terroristas.

"Sabemos que somos 'marco zero', que estamos no topo da lista lista de ataques terroristas por causa de quem somos. É Orlando, o local mais alegre do planeta. Eu esperava isto", afirmou.

Para os moradores de Orlando, a proliferação de armas é uma preocupação maior que os jihadistas.

Armas "fora de controle"

"Estou cansado das orações silenciosas", reagiu Corrine Brown, legisladora de Orlando na Câmara de Representantes pelo Partido Democrata.

"Temos que fazer algo com as armas nos Estados Unidos. Ninguém deveria poder matar 50 pessoas assim, nunca mais", disse à AFP.

"Está fora de controle. As pessoas não usam as armas para caçar, não as usam para proteção, e sim para matar outras pessoas".

Poucas horas depois do massacre e apesar do grande número de vítimas fatais, em Orlando muitos já falam da recuperação após a tragédia.

"Somos uma comunidade resistente, um estado resistente, uma nação resistente", afirmou Rick Scott, governador republicano da Flórida.

"Isto é avassalador, mas não vai deter o amor que existe em Orlando. Amamos a nossa comunidade LGBT", disse Kathleen Gordon, vice-presidente de um conselho escolar da cidade.

"Não podem nos deter", concluiu.

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