Mundo

Abalados por massacre, franceses vão às ruas em manifestação

Após ataque terrorista contra a sede do jornal Charlie Hebdo, que deixou 12 mortos, demonstrações de luto e apoio foram registradas em Paris

Mulher segura cópia de tributo às vítimas do ataque contra a sede da revista Charlie Hebdo (Francois Lenoir/Reuters/Reuters)

Mulher segura cópia de tributo às vítimas do ataque contra a sede da revista Charlie Hebdo (Francois Lenoir/Reuters/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2015 às 18h52.

São Paulo - O ataque terrorista de hoje à sede do jornal Charlie Hebdo em Paris, que deixou 12 pessoas mortas e 11 feridas, causou perplexidade e revolta em todo o mundo. 

Vários protestos foram convocados pelas redes sociais e reuniram milhares de manifestantes.

Na Praça da República da capital francesa, cerca de 35 mil pessoas foram às ruas e muitas ficaram em silêncio absoluto, simbolizando a tentativa de calar a liberdade de expressão exercida pelo jornal, conhecido por fazer charges e sátiras relacionadas ao islamismo e outras religiões.

Homenagens aos mortos, entre eles 4 importantes chargistas do país, também foram feitas em cidades como Toulouse, Marselha, Lyon e em outros locais. Ao todo, mais de 100 mil pessoas protestaram em toda a França.

Dois homens armados com fuzis kalashnikovs e os rostos cobertos saíram de um carro em direção à sede do jornal, localizada no coração de Paris, atirando diversas vezes, principalmente contra os desenhistas. Também mataram um policial, que estava em uma calçada próxima. A ação foi parcialmente gravada.

O presidente francês, François Hollande, esteve no local e confirmou que a ação foi um ataque terrorista, o mais violento registrado no país em 40 anos. Em pronunciamento, Hollande pediu unidade aos franceses e decretou luto de três dias no país.

Líderes mundiais, como o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a presidente Dilma Rousseff, também se pronunciaram e condenaram o atentado.

Nenhum grupo assumiu a autoria do ataque até agora, mas membros do grupo radical Estado Islâmico apoiaram a ação, dizendo tratar-se de uma vingança por insultos contra o islã.

*Atualizada às 18h50 do dia 07/01/2015

Acompanhe tudo sobre:Ataques terroristasEuropaFrançaFrançois HollandeIslamismoJornaisMetrópoles globaisMortesPaíses ricosParis (França)PolíticosTerrorismo

Mais de Mundo

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã

ONU denuncia roubo de 23 caminhões com ajuda humanitária em Gaza após bombardeio de Israel

Governo de Biden abre investigação sobre estratégia da China para dominar indústria de chips

Biden muda sentenças de 37 condenados à morte para penas de prisão perpétua