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Lula anuncia lema no G20 em 2024: 'Construindo um Mundo Justo e um Planeta Sustentável'

Brasil assume até o próximo ano a presidência rotativa do grupo das 20 maiores economias do globo

Lula: presidente brasileiro lembrou que o G20 se consolidou há 15 anos como uma das principais instâncias de governança global (Ricardo Stuckert/PR/Flickr)

Lula: presidente brasileiro lembrou que o G20 se consolidou há 15 anos como uma das principais instâncias de governança global (Ricardo Stuckert/PR/Flickr)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 10 de setembro de 2023 às 09h12.

Última atualização em 10 de setembro de 2023 às 11h07.

A presidência rotativa do grupo das 20 maiores economias do globo (G20) no Brasil no ano que vem terá o lema "Construindo um Mundo Justo e um Planeta Sustentável". O anúncio foi feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu terceiro e último discurso no encerramento da cúpula de líderes do G20, que ocorreu neste fim de semana, em Nova Délhi.

O chefe do Executivo também pontuou quais serão as três prioridades da presidência brasileira: inclusão social e combate à fome; transição energética e desenvolvimento sustentável em suas três vertentes (social, econômica e ambiental) e reforma das instituições de governança global - que já haviam sido adiantadas pelo Broadcast. "Todas essas prioridades estão contidas no lema da presidência brasileira", afirmou o presidente.

O mandatário comentou também que duas forças tarefas serão criadas: a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza; e a Mobilização Global contra a Mudança do Clima.

"Precisamos redobrar os esforços para alcançar a meta de acabar com a fome no mundo até 2030, caso contrário estaremos diante do maior fracasso multilateral dos últimos anos", disse ele para os demais chefes de Estado e de governo do grupo.

Lula lembrou que o G20 se consolidou há 15 anos como uma das principais instâncias de governança global na esteira de uma crise que abalou a economia mundial. "Nossa atuação conjunta nos permitiu enfrentar os momentos mais críticos, mas foi insuficiente para corrigir os equívocos estruturais do neoliberalismo", avaliou.

Os próximos passos do G20

Para o presidente brasileiro, a arquitetura financeira global mudou pouco e as bases de uma nova governança econômica não foram lançadas. O governante disse que novas urgências surgiram e que os desafios se acumularam e se agravaram. "Vivemos num mundo em que a riqueza está mais concentrada. Em que milhões de seres humanos ainda passam fome. Em que o desenvolvimento sustentável está ameaçado. Em que as instituições de governança ainda refletem a realidade de meados do século passado", citou.

O chefe do Executivo analisou em seguida que esses problemas apenas conseguirão ser enfrentados se a questão da desigualdade for tratada. Lula mencionou a desigualdade de renda, de acesso à saúde, educação e alimentação, de gênero e raça e de representação.

O presidente voltou a dizer que essas diferenças estão na origem de todas essas "anomalias". "Se quisermos fazer a diferença, temos que colocar a redução das desigualdades no centro da agenda internacional." Lula agradeceu os esforços da Índia em dar voz a temas de interesse dos países emergentes e aproveitou o momento para dar as boas-vindas à União Africana como membro pleno do G20.

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