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Luis Bárcenas tinha conta na Suíça em nome de sociedade

Esta informação consta em um relatório da Comissão para a Prevenção de Lavagem de Capitais e Infrações Monetárias (SEPBLAC) do Banco da Espanha

Espanha: Rajoy e os líderes do PP, no entanto, negam qualquer tipo de irregularidade. (AFP/ Philippe Huguen)
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Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2013 às 15h44.

Madri - O ex-tesoureiro do Partido Popular (PP) Luis Bárcenas se amparou na anistia fiscal na Espanha com fundos procedentes de uma conta que tinha em nome da sociedade uruguaia Tesedul, com os quais pagou à receita espanhola 1,2 milhões de euros.

Esta informação consta em um relatório da Comissão para a Prevenção de Lavagem de Capitais e Infrações Monetárias (SEPBLAC) do Banco da Espanha, que foi enviado ao juiz da Audiência Nacional Pablo Ruz.

O magistrado determinou que Bárcenas faça uma declaração em 25 de fevereiro com a relação das contas que o ex-tesoureiro do PP teve na Suíça e nas quais chegou a ter mais de 22 milhões de euros, segundo documentos judiciais.

O juiz explicou que segundo o relatório, Bárcenas transferiu para o banco espanhol Bankia fundos procedentes de uma conta no banco suíço Lombard Odier em nome da Tesedul.

Além disso, o documento relata que Bárcenas abriu outra conta no Bankia em nome da sociedade radicada no Panamá Granda Global, para a qual transferiu fundos de sua outra conta no banco espanhol.

Em função destes novos fatos de "relevância", o juiz enviou um ofício ao Bankia para que a instituição disponibilize toda a documentação sobre as contas em nome da Tesedul e da Granda Global. A justiça espanhola também pensa em pedir que a Suíça envie os dados sobre a conta descoberta neste país.


O juiz pediu ainda que o Bankia forneça todas as informações sobre empréstimos, procuradores, hipotecas, cartões, cofres e correspondência em nome de Bárcenas.

O ex-tesoureiro usou sua primeira conta no Bankia para se amparar na anistia fiscal e destinar 320 mil euros para a ampliação do imposto de sociedades entre setembro e dezembro de 2012, respectivamente, afirma o relatório.

Concretamente, o relatório diz que os "os fundos com os quais se teriam abonado os valores correspondentes" à anistia fiscal e a declaração complementar do imposto de sociedades da Tesedul do exercício de 2011 procederiam da nova conta da Suíça.

A defesa de Bárcenas apresentou há poucos dias um documento na Audiência Nacional no qual explicava que o ex-tesoureiro regularizou 10.988.040 euros se valendo do Decreto Real de anistia fiscal, reconhecendo que correspondem "aos fundos em nome da Tesedul não declarados em seu dia e agora regularizados".

Nas duas contas no Bankia constava a assinatura autorizada de Ivan Yáñez, que atuou como representante de Bárcenas em várias transações financeiras e que retirou o dinheiro de suas contas na Suíça após sua acusação em 2009 no caso Gurtel.

O juiz afirmou, no entanto, que por enquanto não vê indícios sobre a existência de um suposto caixa dois por meio do qual Bárcenas teria feito pagamentos ilegais para membros da cúpula do PP, entre eles o presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, segundo revelou o jornal "El País".

O caso Bárcenas gerou uma grande polêmica na Espanha. Rajoy e os líderes do PP, no entanto, negam qualquer tipo de irregularidade.

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Madri - O ex-tesoureiro do Partido Popular (PP) Luis Bárcenas se amparou na anistia fiscal na Espanha com fundos procedentes de uma conta que tinha em nome da sociedade uruguaia Tesedul, com os quais pagou à receita espanhola 1,2 milhões de euros.

Esta informação consta em um relatório da Comissão para a Prevenção de Lavagem de Capitais e Infrações Monetárias (SEPBLAC) do Banco da Espanha, que foi enviado ao juiz da Audiência Nacional Pablo Ruz.

O magistrado determinou que Bárcenas faça uma declaração em 25 de fevereiro com a relação das contas que o ex-tesoureiro do PP teve na Suíça e nas quais chegou a ter mais de 22 milhões de euros, segundo documentos judiciais.

O juiz explicou que segundo o relatório, Bárcenas transferiu para o banco espanhol Bankia fundos procedentes de uma conta no banco suíço Lombard Odier em nome da Tesedul.

Além disso, o documento relata que Bárcenas abriu outra conta no Bankia em nome da sociedade radicada no Panamá Granda Global, para a qual transferiu fundos de sua outra conta no banco espanhol.

Em função destes novos fatos de "relevância", o juiz enviou um ofício ao Bankia para que a instituição disponibilize toda a documentação sobre as contas em nome da Tesedul e da Granda Global. A justiça espanhola também pensa em pedir que a Suíça envie os dados sobre a conta descoberta neste país.


O juiz pediu ainda que o Bankia forneça todas as informações sobre empréstimos, procuradores, hipotecas, cartões, cofres e correspondência em nome de Bárcenas.

O ex-tesoureiro usou sua primeira conta no Bankia para se amparar na anistia fiscal e destinar 320 mil euros para a ampliação do imposto de sociedades entre setembro e dezembro de 2012, respectivamente, afirma o relatório.

Concretamente, o relatório diz que os "os fundos com os quais se teriam abonado os valores correspondentes" à anistia fiscal e a declaração complementar do imposto de sociedades da Tesedul do exercício de 2011 procederiam da nova conta da Suíça.

A defesa de Bárcenas apresentou há poucos dias um documento na Audiência Nacional no qual explicava que o ex-tesoureiro regularizou 10.988.040 euros se valendo do Decreto Real de anistia fiscal, reconhecendo que correspondem "aos fundos em nome da Tesedul não declarados em seu dia e agora regularizados".

Nas duas contas no Bankia constava a assinatura autorizada de Ivan Yáñez, que atuou como representante de Bárcenas em várias transações financeiras e que retirou o dinheiro de suas contas na Suíça após sua acusação em 2009 no caso Gurtel.

O juiz afirmou, no entanto, que por enquanto não vê indícios sobre a existência de um suposto caixa dois por meio do qual Bárcenas teria feito pagamentos ilegais para membros da cúpula do PP, entre eles o presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, segundo revelou o jornal "El País".

O caso Bárcenas gerou uma grande polêmica na Espanha. Rajoy e os líderes do PP, no entanto, negam qualquer tipo de irregularidade.

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