Líderes palestinos podem retomar diálogo com Israel
Presidente Mahmoud Abbas parece ter a esperança de conseguir algum avanço rumo à retomada do processo de paz
Da Redação
Publicado em 18 de julho de 2013 às 10h34.
Por Ali Sawafta RAMALLAH - Líderes palestinos se reuniram na quinta-feira para discutir uma possível retomada do processo de paz com Israel , mas o Estado judeu negou que tenha revisto suas condições para isso.
O presidente Mahmoud Abbas deve informar os dirigentes palestinos sobre suas reuniões desta semana com o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, que prolongou uma visita à região e parece ter a esperança de conseguir algum avanço rumo à retomada do processo de paz, abandonado há três anos.
Contribuindo com o clima esperançoso, uma autoridade israelense disse, sob anonimato, que o país concordou com uma fórmula de negociação que preservaria as fronteiras de 1967 -- o que implicaria que Israel devolvesse a Cisjordânia, onde há muitos assentamentos judaicos.
Posteriormente, no entanto, um porta-voz do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu desmentiu. O processo de paz foi abandonado porque os palestinos exigiam como pré-condição que Israel parasse de ampliar seus assentamentos em territórios ocupados, algo que Israel rejeita.
Kerry não entrou em detalhes sobre concessões que as duas partes poderiam fazer, mas saiu de uma reunião com Abbas na Jordânia, na quarta-feira, dizendo que as divergências haviam sido reduzidas "muito significativamente".
Nesta semana, a Liga Árabe disse que estaria disposta a aceitar alguma troca de territórios nos dois lados da fronteira de 1967, o que representa uma posição mais próxima da israelense. O Estado judeu considera que a preservação integral das fronteiras pré-ocupação deixaria o país sob excessivo risco de ataque, e que alguns blocos de assentamentos em territórios ocupados deverão ser incorporados ao território de Israel.
Abbas se reuniu com membros graduados da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) em Ramallah, sede do seu governo na Cisjordânia.
O presidente, cuja estratégia de paz costuma ser recriminada pelos seus rivais islâmicos do Hamas, que governam a Faixa de Gaza, declarou no passado que buscaria apoio da Liga Árabe para pressionar Israel a negociar. Não ficou claro se o aval de quarta-feira já bastará politicamente para garantir a retomada de negociações diretas.
"Estamos esperando ouvir do presidente as ideias apresentadas por Kerry", disse à Reuters Wasel Abu Yousef, membro graduado da OLP. "Haverá uma discussão sobre essas ideias, e todos dirão o que acham disso. A conclusão será por consenso geral." (Reportagem adicional de Arshad Mohammed, em Amã; Noah Browning, no Cairo; e Allyn Fisher-Ilan, em Jerusalém)
Por Ali Sawafta RAMALLAH - Líderes palestinos se reuniram na quinta-feira para discutir uma possível retomada do processo de paz com Israel , mas o Estado judeu negou que tenha revisto suas condições para isso.
O presidente Mahmoud Abbas deve informar os dirigentes palestinos sobre suas reuniões desta semana com o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, que prolongou uma visita à região e parece ter a esperança de conseguir algum avanço rumo à retomada do processo de paz, abandonado há três anos.
Contribuindo com o clima esperançoso, uma autoridade israelense disse, sob anonimato, que o país concordou com uma fórmula de negociação que preservaria as fronteiras de 1967 -- o que implicaria que Israel devolvesse a Cisjordânia, onde há muitos assentamentos judaicos.
Posteriormente, no entanto, um porta-voz do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu desmentiu. O processo de paz foi abandonado porque os palestinos exigiam como pré-condição que Israel parasse de ampliar seus assentamentos em territórios ocupados, algo que Israel rejeita.
Kerry não entrou em detalhes sobre concessões que as duas partes poderiam fazer, mas saiu de uma reunião com Abbas na Jordânia, na quarta-feira, dizendo que as divergências haviam sido reduzidas "muito significativamente".
Nesta semana, a Liga Árabe disse que estaria disposta a aceitar alguma troca de territórios nos dois lados da fronteira de 1967, o que representa uma posição mais próxima da israelense. O Estado judeu considera que a preservação integral das fronteiras pré-ocupação deixaria o país sob excessivo risco de ataque, e que alguns blocos de assentamentos em territórios ocupados deverão ser incorporados ao território de Israel.
Abbas se reuniu com membros graduados da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) em Ramallah, sede do seu governo na Cisjordânia.
O presidente, cuja estratégia de paz costuma ser recriminada pelos seus rivais islâmicos do Hamas, que governam a Faixa de Gaza, declarou no passado que buscaria apoio da Liga Árabe para pressionar Israel a negociar. Não ficou claro se o aval de quarta-feira já bastará politicamente para garantir a retomada de negociações diretas.
"Estamos esperando ouvir do presidente as ideias apresentadas por Kerry", disse à Reuters Wasel Abu Yousef, membro graduado da OLP. "Haverá uma discussão sobre essas ideias, e todos dirão o que acham disso. A conclusão será por consenso geral." (Reportagem adicional de Arshad Mohammed, em Amã; Noah Browning, no Cairo; e Allyn Fisher-Ilan, em Jerusalém)