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Líder trabalhista diz que não integrará governo de Netanyahu

Nir Hefetz, um dos dirigentes do Likud de Netanyahu, havia indicado que o ministério das Relações Exteriores, ainda não atribuído, era reservado ao líder

O líder do partido trabalhista israelense Isaac Herzog: "não seremos o estepe, não temos a intenção de salvar Netanyahu do buraco que ele mesmo cavou" (Thomas Coex/AFP)

O líder do partido trabalhista israelense Isaac Herzog: "não seremos o estepe, não temos a intenção de salvar Netanyahu do buraco que ele mesmo cavou" (Thomas Coex/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2015 às 10h15.

Jerusalém - O líder do partido trabalhista israelense Isaac Herzog afirmou nesta quinta-feira que não integrará o novo governo do primeiro-ministro conservador Benjamin Netanyahu, que tenta ampliar sua coalizão de governo.

"Não seremos o estepe, não temos a intenção de salvar Netanyahu do buraco que ele mesmo cavou", declarou Herzog em um vídeo publicado em sua página no Facebook.

"Não vou ser a tábua de salvação de Benjamin Netanyahu, e se acredita que pode agitar esta ou aquela pasta (ministerial) na minha cara, se equivoca muito", acrescentou.

"O quarto governo de Netanyahu não poderá enfrentar as enormes tarefas que nos esperam, não poderá cumprir com nenhuma de suas promessas", disse Herzog.

Nir Hefetz, um dos dirigentes do Likud de Netanyahu, havia indicado que o ministério das Relações Exteriores, ainda não atribuído, era reservado a Herzog.

Netanyahu conseguiu na quarta-feira formar uma estreita coalizão de governo com 61 deputados (sobre 120), que gera dúvidas sobre sua viabilidade.

Apesar dos rumores sobre supostos contatos secretos entre os trabalhistas e o Likud, Herzog já havia afirmado que não entraria no governo.

O primeiro-ministro em fim de mandato disse ter dissolvido o governo anterior para acabar com a indisciplina de seu gabinete e formar uma coalizão sólida após as eleições, que convocou de forma antecipada.

Sua vitória inesperada nas eleições de 17 de março pareceu lhe dar a razão e rapidamente começou a negociar com vários partidos nacionalistas e religiosos para formar uma coalizão em torno de seu partido.

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