Líder democrata na Câmara: "amanhã será um novo dia para os EUA"
Nancy Pelosi será a partir de janeiro a presidente da Câmara depois de oito anos de domínio conservador. No Sendo, maioria segue com Partido Republicano
EFE
Publicado em 7 de novembro de 2018 às 06h23.
Última atualização em 7 de novembro de 2018 às 06h25.
Washington - A líder democrata da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, afirmou nesta terça-feira que "amanhã será um novo dia" para o país, depois que seu partido arrebatou a maioria na Casa do republicanos nas eleições de meio de mandato realizados hoje. No Senado, a maioria seguirá com o Partido Republicano, do presidente Donald Trump .
Pelosi, que será a partir de janeiro a presidente da Câmara depois de oito anos de domínio conservador, declarou que a conquista dos democratas desta noite não tem a ver com as diferenças partidárias, mas com "conservar os valores constitucionais" dos EUA .
"Com esta nova maioria democrata vamos honrar os valores de nossos pais fundadores", destacou a congressista pela Califórnia no seu discurso de vitória, após rejeitar a divisão e ressaltar a necessidade de "restaurar o controle e a divisão de poderes".
"Todos tivemos suficiente divisão. O povo americano quer paz. Querem resultados", reiterou a democrata.
Pelosi se transformou em 2006 na primeira mulher a chegar à presidência da Câmara dos Estados Unidos na história, mas em 2010 os democratas perderam a maioria para os republicanos, momento em que passou a ser a líder da minoria.
No entanto, ao longo da campanha, parte do seu partido lhe solicitou que abrisse espaço a outros congressistas para colocar-se à frente dos progressistas no Congresso, o que lhe acarretou também várias críticas por parte dos republicanos.
Horas antes da vitória, Pelosi descartou em entrevista à emissora "PBS" a realização de um processo de impeachment para buscar a destituição do presidente Donald Trump, e preferiu mostrar-se como o freio das políticas abusivas dos republicanos.
Embora os democratas não comecem um julgamento político contra Trump, como se especulou quase desde que chegou à Casa Branca, agora poderão ter o controle das comissões de controle da Câmara, impulsionar leis e abrir processos de investigação.