Mundo

Líder de protestos convoca para ataque em Bangcoc

A convocação de Suthep aconteceu no segundo dia de confrontos entre as forças de segurança


	Manifestante na Tailândia: Tailândia arrasta uma grave crise política desde o cruel golpe militar que em 2006 derrubou o governo de Thaksin Shinawatra, condenado por corrupção
 (Athit Perawongmetha/Reuters/Reuters)

Manifestante na Tailândia: Tailândia arrasta uma grave crise política desde o cruel golpe militar que em 2006 derrubou o governo de Thaksin Shinawatra, condenado por corrupção (Athit Perawongmetha/Reuters/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2013 às 14h25.

Bangcoc - O líder de oposição ao governo da Tailândia, Suthep Thaugsuban, chamou nesta segunda-feira seus seguidores a lançar amanhã o ataque final ao quartel da Polícia Metropolitana de Bangcoc para forçar a queda da primeira-ministra, Yingluck Shinawatra.

A convocação de Suthep aconteceu no segundo dia de confrontos entre as forças de segurança, que utilizaram gás lacrimogêneo, canhões de água e munição de borracha para afastar os manifestantes que tentaram invadir a sede do governo.

Em mensagem na televisão, Suthep se mostrou desafiante diante da ordem de prisão emitida contra ele por insubmissão e acusou a imprensa pelo que considerou uma cobertura parcial dos protestos que se intensificaram no fim de semana.

"Se querem me provocar, são mais que bem-vindos", ameaçou o líder anti-governo, de 64 anos, na mensagem exibida em telas gigantes nos locais onde houve mobilizações, saudada por milhares de militantes

Suthep, ex-vice-primeiro-ministro no governo do Partido Democrata (2008-2011), reiterou que não tem medo de se preso e que não parará até terminar com a corrupção no que denomina "regime" de Thaksin, irmão da primeira-ministra a quem acusa de dirigir o país do exílio.

Horas antes a primeira-ministra, Yingluck Shinawatra, ressaltou que não pensa renunciar ao cargo como exigem os manifestantes, e voltou a oferecer diálogo.

A primeira-ministra qualificou como "inaceitáveis" e contrárias à Constituição as reivindicações do líder dos protestos de que ceda o poder a um conselho popular.

"Quero fazer tudo o que estiver ao meu alcance para fazer o povo feliz. Mas como primeira-ministra o que posso fazer deve estar dentro da Constituição", argumentou Yingluck.

A chefe do Executivo, que ontem à noite manteve um encontro promovido pelos chefes do exército com Suthep, reiterou que está disposta a "abrir qualquer porta" para negociar com os manifestantes.


Suthep pretende derrubar o atual governo eleito. Ontem à noite ele deu dois dias para que a premiê renuncie e seja substituída por um "conselho de pessoas", do qual ele se comprometeu a não fazer parte caso se constitua.

As mobilizações antigovernamentais, que começaram em outubro, se intensificaram há uma semana com o assédio de ministérios e edifícios do governo, incluída aí a ocupação até hoje do Ministério das Finanças e do complexo governamental de Chaeng Wattana.

A Tailândia arrasta uma grave crise política desde o cruel golpe militar que em 2006 derrubou o governo de Thaksin Shinawatra, condenado a dois anos de prisão por corrupção.

Entre a noite do sábado e a madrugada de domingo, pelo menos cinco pessoas morreram e 50 ficaram feridas nos enfrentamentos entre seguidores e opositores do executivo em torno da Universidade de Ramkhamhaeng e no estado de Rajamangala, no noroeste da capital.

Após os incidentes, os simpatizantes do Executivo, conhecidos como os "camisas vermelhas", suspenderam suas mobilizações em Rajamangala. 

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaTailândiaViolência política

Mais de Mundo

Há chance real de guerra da Ucrânia acabar em 2025, diz líder da Conferência de Segurança de Munique

Trump escolhe bilionário Scott Bessent para secretário do Tesouro

Partiu, Europa: qual é o país mais barato para visitar no continente

Sem escala 6x1: os países onde as pessoas trabalham apenas 4 dias por semana