Mundo

Líder de partido escocês diz que bom senso prevalecerá

O primeiro-ministro da Escócia e líder do Partido Nacionalista Escocês (SNP) disse que o bom senso prevalecerá em caso de independência

Bandeiras do Reino Unido (E) e da Escócia: tanto o Reino Unido como a Comissão Europeia deverão colaborar com essa nova nação, disse primeiro-ministro escocês (Simon Dawson/Bloomberg)

Bandeiras do Reino Unido (E) e da Escócia: tanto o Reino Unido como a Comissão Europeia deverão colaborar com essa nova nação, disse primeiro-ministro escocês (Simon Dawson/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2014 às 10h59.

Londres - O primeiro-ministro da Escócia e líder do SNP, Alex Salmond, disse nesta segunda-feira que o "bom senso" prevalecerá em caso de independência, e tanto o governo do Reino Unido como a Comissão Europeia (CE) deverão colaborar com essa nova nação.

Em um discurso realizado em Aberdeen, diante da associação "Empresas para a Escócia", propícia à secessão, Salmond declarou que "a realidade será muito diferente" se os escoceses respaldarem a independência no referendo do próximo dia 18 de setembro.

"Em caso de um voto positivo, todos cooperarão (...) Interessa a todo o mundo que isso ocorra", assegurou o primeiro-ministro escocês.

O líder independentista, que governa com maioria na autonomia escocesa, acusou o governo de David Cameron e os demais partidos britânicos de "serem negativos" por tentar boicotar seu projeto de independência.

Concretamente, Salmond criticou sua rejeição "arrumada" para apoiar uma união monetária com a libra esterlina como moeda comum, algo que, em sua opinião, beneficiaria todas as partes se a Escócia se separasse do Reino Unido.

De acordo com o ministro escocês, se "a nação histórica" assegurar sua independência, a União Europeia (UE) teria que cooperar para aceitar o novo Estado, já que uma eventual negação poderia trazer muitas dificuldades aos moradores de outros países que residem na Escócia.

Neste fim de semana, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, disse que seria "extremamente difícil, se não for impossível", para a Escócia conseguir se unir à UE, já que isso teria que ser aprovado por cada Estado membro.

Na opinião do líder do Partido Nacionalista Escocês (SNP), a União Europeia, que "aceitou tantos países", "teria que negociar de boa fé e com espírito de cooperação" com a nova nação se os escoceses validarem a independência.

Acompanhe tudo sobre:EscóciaEuropaPaíses ricosReino Unido

Mais de Mundo

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã

ONU denuncia roubo de 23 caminhões com ajuda humanitária em Gaza após bombardeio de Israel

Governo de Biden abre investigação sobre estratégia da China para dominar indústria de chips

Biden muda sentenças de 37 condenados à morte para penas de prisão perpétua