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Líder catalão defende desobediência civil em caso de veto

Presidente de partido separatista defendeu a desobediência civil caso o governo proíba consulta de autodeterminação


	Homem com bandeira pró-independência da Catalunha, no centro de Barcelona
 (Albert Gea/Reuters)

Homem com bandeira pró-independência da Catalunha, no centro de Barcelona (Albert Gea/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2014 às 11h11.

Barcelona - O presidente do partido separatista catalão ERC, Oriol Junqueras, defendeu nesta terça-feira a desobediência civil caso o governo espanhol proíba a consulta de autodeterminação prevista para 9 de novembro na região.

Sem um acordo com o governo espanhol para celebrar a votação, o governo catalão presidido por Artur Mas pretende convocar a consulta com base em uma lei regional, contra a qual Madri recorrerá ante o Tribunal Constitucional.

Uma suspensão da lei colocaria o presidente catalão entre descumprir a lei ou cancelar a consulta sobre a independência, que ele se comprometeu a convocar durante as eleições de 2012.

Ao ser questionado pela 'Catalunya Radio' se seria conveniente exercer a "desobediência civil" neste caso, Junqueras, principal aliado de Mas no processo e líder do segundo maior partido da região, não hesitou: "E tanto, claro! Como fez o senhor Martin Luther King".

"Não podemos gerar incentivos ao governo espanhol para que não nos deixe votar. Pelo contrário, o que temos que dizer é que nós iremos votar, faremos todo o possível para ganhar e ganharemos", disse.

"O governo (catalão) vai colocar as urnas. O importante é que há muitas pessoas neste país que querem votar e farão todo o possível para que as urnas sejam colocadas", disse.

"E o que farão? Virão para tirar as urnas? De verdade, virão para retirar as urnas se os colégios eleitorais estiverem lotados de gente para votar?", questionou, em tom de desafio.

Ao contrário da Escócia, que está nos últimos dias de campanha antes do referendo de 18 de setembro, a Catalunha permanece em um clima de incerteza a apenas dois meses da data anunciada para a consulta, considerada inconstitucional por Madri.

Pelo terceiro ano consecutivo, os defensores da independência da região preparam uma grande mobilização para a quinta-feira 11 de setembro, quando esperam formara um V, de votar, de 11 quilômetros nas principais avenidas de Barcelona.

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