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Líbia recupera 105 corpos após naufrágio de imigrantes

O barco afundou na quinta-feira depois de deixar Zuwara, um porto de onde traficantes de pessoas normalmente embarcam imigrantes para a Itália


	Imigração: "O barco estava em más condições e as pessoas morreram com a gente", disse Ayman Talaal, um sobrevivente sírio, ao lado de sua filha
 (AFP)

Imigração: "O barco estava em más condições e as pessoas morreram com a gente", disse Ayman Talaal, um sobrevivente sírio, ao lado de sua filha (AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2015 às 14h50.

Zuwara - A Líbia recuperou 105 corpos depois que um barco repleto de imigrantes afundou no mar Mediterrâneo, e autoridades afirmaram que quase 100 pessoas estão desaparecidas e podem estar mortas.

O barco afundou na quinta-feira depois de deixar Zuwara, um porto de onde traficantes de pessoas normalmente embarcam imigrantes para a Itália, explorando o vazio na segurança da Líbia, onde governos rivais disputam o poder quatro anos após a derrubada de Muammar Gaddafi.

"O barco estava em más condições e as pessoas morreram com a gente", disse Ayman Talaal, um sobrevivente sírio, ao lado de sua filha. "Fomos forçados a usar esta rota. Agora, é chamada de sepultura do mar Mediterrâneo."

Autoridades e moradores locais estavam colocando corpos em sacos vermelhos em uma praia repleta de sapatos, calças e outros itens pessoais de imigrantes afogados. Um barco inflável azul recuperou mais corpos.

"Nós, o Crescente Vermelho, trabalhamos com nada. Alguns pescadores nos ajudam com um barco", disse Ibrahim al-Attoushi, um funcionário do Crescente Vermelho em Zuwara.

"Nós só temos uma ambulância." A Líbia se transformou em uma importante rota de trânsito para os imigrantes que fogem de conflitos e da pobreza em direção à Europa.

Redes de traficantes exploram o caos do país para levar sírios à Líbia via Egito ou nacionais de países subsaarianos através do Níger, Sudão e Chade.

As autoridades líbias levaram 147 sobreviventes para um centro de detenção de imigrantes ilegais em Sabratha, a oeste de Trípoli, de acordo com um oficial de segurança da Líbia, que pediu que não fosse identificado.

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