Kevin Hyland: "Aplaudimos a ação da Freedom Charity e trabalhamos com eles para dar apoio a estas vítimas, aparentemente ficaram cativas por 30 anos", afirmou o detetive (AFP)
Da Redação
Publicado em 21 de novembro de 2013 às 14h42.
Londres - Freedom Charity, uma associação de luta contra a escravidão e os casamentos forçados.
"As três mulheres, que estavam muito traumatizadas, foram levada para um local seguro, no qual permanecerão", explicou a polícia em um comunicado, indicando que as duas pessoas presas tinham 67 anos.
"As mulheres estavam completamente apavoradas por essas pessoas", declarou Aneeta Prem, fundadora da Freedom Charity, à Skynews.
Ela indicou que as três mulheres, que conseguiram deixar a casa por conta própria, não foram vítimas de abusos sexuais, mas que sofreram maus-tratos físicos.
"Isso desafia a nossa imaginação. É impossível imaginar que algo desse tipo possa acontecer na Grã-Bretanha, em Londres, em 2013", acrescentou.
Uma das mulheres teria conseguido entrar em contato com a ONG Freedom Charity depois de ver um documentário sobre seu trabalho e a organização alertou a polícia.
"Aplaudimos a ação da Freedom Charity e trabalhamos com eles para dar apoio a estas vítimas, aparentemente ficaram cativas por 30 anos", explicou o detetive da Scotland Yard, Kevin Hyland.
Uma investigação foi aberta para apurar os fatos.
"Um documentário televisivo sobre casamentos forçados relacionado com o trabalho da Freedom Charity foi o que levou uma das vítimas a ligar pedindo ajuda e o que levou ao resgate", acrescentou o detetive.
"Felizmente, ela assistiu a este programa e se sentiu confiante o bastante para pegar o telefone", ressaltou Aneeta Prem.
"É uma história inacreditável. Não posso acreditar que alguém possa tratar pessoas desta maneira, de forma tão bárbara. Quando somos privados de nossa liberdade, não temos mais vida", ressaltou.
Segundo a Freedom Charity, as vítimas foram encontradas em uma casa completamente normal ao sul de Londres.
"Não acredito que os vizinhos sabiam do que acontecia. Era uma casa normal em uma rua normal", explicou Prem.