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Beirute já tem 300 mil desabrigados: metade da cidade foi destruída

Bairros inteiros foram devastados; três hospitais foram completamente destruídos, além de milhares de prédios residenciais e casas

Explosão em Beirute devastou bairros inteiros: França está enviando médicos e estruturas para montar um hospital de campanha (Mohamed Azakir/Reuters)

Explosão em Beirute devastou bairros inteiros: França está enviando médicos e estruturas para montar um hospital de campanha (Mohamed Azakir/Reuters)

CA

Carla Aranha

Publicado em 5 de agosto de 2020 às 10h26.

Última atualização em 5 de agosto de 2020 às 13h17.

Mais de 300.000 pessoas perderam suas casas nas explosões que devastaram metade da capital Beirute, no Líbano. Segundo o prefeito de Beirute, Marwan Abboud, as autoridades locais estão providenciando alimentos, água e abrigos improvisados para os desabrigados.

Mais de 100 pessoas morreram. Há mais de 4.000 feridos. Segundo as equipes de resgate, há corpos nos escombros e, por isso, a contagem de mortos pode subir conforme as buscas avançarem.

As autoridades libanesas informaram nesta terça-feira, dia 4, que a causa mais provável da explosão foi um acidente em um depósito com 2.750 toneladas de nitrato de amônia, no porto, que pegou fogo.

Documentos divulgados pela imprensa libanesa nesta quarta-feira, 5, indicam que as autoridades portuárias enviaram ofícios à Justiça solicitando que fossem tomadas providências quanto à precariedade da segurança do armazenamento do material. Aparentemente, não houve resposta aos pedidos.

O nitrato de amônia é um material utilizado na fabricação de bombas e fertilizantes. O insumo tem um alto potencial explosivo.

A região central, onde ocorreu a explosão, é bastante movimentada, com dezenas de escolas, universidades, centros de saúde, restaurantes e lojas. Na explosão, três hospitais foram destruídos. Várias construções desabaram, incluindo casas e prédios residenciais.

Diversos países já se prontificaram a enviar ajuda humanitária ao Líbano. A França vai enviar nesta quarta-feira, de avião, estruturas para montar um hospital de campanha com capacidade para atender 500 pessoas, além de profissionais de saúde para ajudar no socorro às vítimas. A Austrália divulgou a doação de 1,4 milhão de dólares.

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