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Leilões da ANP superam expectativas e arrecadam R$ 2,8 bi

As empresas vencedoras ofereceram ágio de até 800%, o que, segundo as autoridades do setor, demonstrou o grande interesse gerado pela licitação


	"Os resultados superam as expectativas, inclusive nos blocos em águas profundas da Foz do Amazonas", comemorou o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão
 (REUTERS/Ricardo Moraes)

"Os resultados superam as expectativas, inclusive nos blocos em águas profundas da Foz do Amazonas", comemorou o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (REUTERS/Ricardo Moraes)

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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2013 às 19h18.

Rio de Janeiro - Petrolíferas do Brasil, Colômbia, Portugal, França e Reino Unido, entre outros países, adquiriram nesta terça-feira concessões leiloadas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) com valores que superaram as expectativas da entidade, que arrecadou R$ 2,8 bilhões no primeiro dos dois dias previstos para as negociações.

As empresas vencedoras ofereceram ágio de até 800%, o que, segundo as autoridades do setor, demonstrou o grande interesse gerado pela licitação.

"Os resultados superam as expectativas, inclusive nos blocos em águas profundas da Foz do Amazonas", comemorou o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, ao comentar a busca das petrolíferas por áreas que supostamente não despertavam grande interesse.

Entre as empresas que garantiram as primeiras concessões figuram a Petrobras, as portuguesas Galp e Petrogal, a colombiana Ecopetrol, a francesa Total, a britânica BP, a norueguesa Statoil e a anglo-australiana BHP Billiton.

Os 289 blocos oferecidos em concessão entre hoje e amanhã, após cinco anos sem leilões, estão localizados em regiões de todo o país (123 em terra e 166 em áreas marinhas) e têm uma extensão somada de 155.800 quilômetros quadrados.

Segundo balanço parcial da ANP, as primeiras concessões leiloadas nesta terça-feira arrecadaram R$ 2,8 bilhões, valor superior à meta de R$ 2 bilhões fixada pela diretora-geral da agência, Magda Chambriard.

O valor arrecadado até o momento supera os R$ 2,1 bilhões do leilão realizado pela ANP em 2007, até agora a mais produtiva das dez em que o Brasil ofereceu licenças para explorar petróleo e gás natural no país.

Apesar dos altos valores do leilão deste ano, vários blocos deixaram de ser negociados por falta de interessados. Das primeiras 143 concessões oferecidas, só 53 foram adquiridas.


Participaram da 11ª Rodada de Licitações de Blocos da ANP 64 empresas privadas e estatais de 18 países, entre eles Brasil, Portugal, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, Reino Unido e França.

O elevado valor arrecadado hoje foi impulsionado principalmente pelos R$ 560 milhões que um consórcio liderado pela Total (40%) e integrado também por Petrobras (30%) e BP (30%) ofereceu por dois blocos diferentes na Foz do Amazonas.

"O sucesso é absoluto e temos certeza de que ele continuará com o andamento da rodada. Os investimentos mínimos já comprometidos são expressivos e atestam a nossa certeza na expectativa de novas descobertas", afirmou Chambriard ao anunciar que os primeiros vencedores, além de pagar pelas concessões, terão de investir cerca de US$ 700 milhões em exploração.

A diretora-geral da ANP destacou que os resultados demonstram que as petrolíferas mantêm seu interesse de investir no Brasil após cinco anos sem leilões de concessões e apesar da recente intervenção do Estado no setor.

A ANP não realizava leilões desde 2008, porque o Governo reformou em 2009 o marco regulatório do setor a fim de garantir uma distribuição mais equilibrada dos recursos do pré-sal.

Nessa primeira rodada de leilões após as modificações, não foi incluído nenhum bloco no pré-sal nem nas bacias de Campos, Santos e Espírito Santo, de onde o Brasil extrai mais de 90% do seu petróleo.

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