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Lei de Emergência deixa de vigorar no Egito

Foram mais de 30 ano nos quais a polícia tinha amplos poderes para deter pessoas, período no qual ocorreram várias acusações de abusos aos direitos humanos

A lei foi imposta por Mubarak após o assassinato do presidente Anwar Sadat em 1981 (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2012 às 16h16.

Cairo - A lei de emergência no Egito , em vigor havia décadas, chegou ao fim nesta quinta-feira, após a última renovação da lei ter expirado, informou o governo militar em comunicado, no qual também promete continuar a "proteger" a nação.

Foram mais de 30 ano nos quais a polícia tinha amplos poderes para deter pessoas, período no qual ocorreram várias acusações de abusos aos direitos humanos.

Os militares, que assumiram o governo egípcio após a queda do presidente Hosni Mubarak haviam indicado que não tinham intenção de renovar a lei, afirmando que permaneceriam encarregados da segurança do país após sua expiração e até que uma autoridade civil eleita estivesse no comando.

A lei foi imposta por Mubarak após o assassinato do presidente Anwar Sadat em 1981 e vinha sendo renovada de tempos em tempos, sendo que a última vez fora em maio de 2010.

"O significado do fim da lei é enorme", disse Heba Morayef, pesquisadora do Human Rights Watch. "Trata-se do simbolismo ligado à lei", que foi uma das principais ferramentas de opressão do governo de Mubarak, disse ela.

"Este é o fim de medidas excepcionais que acobertaram abusos aos direitos humanos como tortura e desaparecimentos", disse ela.

Após a queda de Mubarak num levante no ano passado, os governantes militares fizeram uma emenda à lei para limitar seu uso para casos de comportamentos violentos e disseminação de boatos.

O regime de Mubarak justificou o contínuo uso da lei para combater o terrorismo, o tráfico de drogas e para impor velocidade à Justiça em casos que representavam ameaças à segurança nacional.

Mas grupos de direitos humanos e ativistas disseram que ela concedeu a agentes de segurança poderes extensos para deter, julgar réus sem que seus direitos fossem garantidos e reprimir oponentes. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

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Foram mais de 30 ano nos quais a polícia tinha amplos poderes para deter pessoas, período no qual ocorreram várias acusações de abusos aos direitos humanos.

Os militares, que assumiram o governo egípcio após a queda do presidente Hosni Mubarak haviam indicado que não tinham intenção de renovar a lei, afirmando que permaneceriam encarregados da segurança do país após sua expiração e até que uma autoridade civil eleita estivesse no comando.

A lei foi imposta por Mubarak após o assassinato do presidente Anwar Sadat em 1981 e vinha sendo renovada de tempos em tempos, sendo que a última vez fora em maio de 2010.

"O significado do fim da lei é enorme", disse Heba Morayef, pesquisadora do Human Rights Watch. "Trata-se do simbolismo ligado à lei", que foi uma das principais ferramentas de opressão do governo de Mubarak, disse ela.

"Este é o fim de medidas excepcionais que acobertaram abusos aos direitos humanos como tortura e desaparecimentos", disse ela.

Após a queda de Mubarak num levante no ano passado, os governantes militares fizeram uma emenda à lei para limitar seu uso para casos de comportamentos violentos e disseminação de boatos.

O regime de Mubarak justificou o contínuo uso da lei para combater o terrorismo, o tráfico de drogas e para impor velocidade à Justiça em casos que representavam ameaças à segurança nacional.

Mas grupos de direitos humanos e ativistas disseram que ela concedeu a agentes de segurança poderes extensos para deter, julgar réus sem que seus direitos fossem garantidos e reprimir oponentes. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

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