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Lançamento de míssil faz Netanyahu deixar comício em Israel

Primeiro-ministro israelense foi informado de um possível "alerta vermelho" e deixou evento composto por apoiadores de seu partido

Benjamin Netanyahu: primeiro-ministro israelense foi retirado às pressas de comício (Ronen Zvulun/File photo/Reuters)
AB

Agência Brasil

Publicado em 26 de dezembro de 2019 às 06h58.

Última atualização em 26 de dezembro de 2019 às 09h32.

São Paulo - O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu , em campanha nas eleições primárias de seu partido, foi retirado ontem (25) à noite de um comício em Ashkelon, no sul de Israel, após relatos de iminentes disparos de mísseis na Faixa de Gaza .

Segundo um vídeo transmitido pelo canal de televisão público Kan 11, um agente de segurança aproximou-se de Netanyahu e informou-o de um "alerta vermelho", com a consequente retirada do evento.

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Antes de deixar o comício com a sua mulher, Sara, o primeiro-ministro saudou a plateia, composta por 100 eleitores membros do partido Likoud.

"Um projétil foi disparado da Faixa de Gaza para o território israelense, sendo interceptado pelo sistema de defesa da Cúpula de Ferro", anunciou o Exército num curto comunicado, acrescentando que as sirenes soaram na cidade de Ashkelon, onde era realizado o comício.

Em setembro passado, o líder do Likoud, então na campanha para as eleições legislativas, já havia sido retirado de um comício na cidade de Ashdod, no sul do país, quando as sirenes denunciaram o lançamento de mísseis.

Eleição

Na próxima quinta-feira, os membros do Likoud vão votar para eleger o seu novo líder, como parte de um desafio do principal rival do atual primeiro-ministro, Gideon Saar, que trabalha para ocupar o posto.

Em 2 de março de 2020, Israel irá efetuar a sua terceira eleição em menos de um ano para tentar resolver a pior crise política da sua história, com líderes do partido Likoud e do seu rival Bleu-Blanc.

Incapazes de concordar com a formação de um governo de coligação, os opositores dispararam em 19 e 20 de dezembro dois mísseis de Gaza em direção a Israel, sem provocar vítimas, informou o Exército.

Em resposta, a força aérea israelense bombardeou duas vezes as instalações do Hamas, partido que domina o enclave palestino.

Israel considera o movimento islâmico Hamas responsável por todos os mísseis disparados para o seu território, embora o estado hebreu também tenha como alvo outros movimentos armados palestinos.

Desde 2008, Israel travou três guerras contra o Hamas e grupos armados aliados em Gaza, onde dois milhões de palestinos vivem em conflito, pobreza e um bloqueio de Israel imposto há mais de dez anos.

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