Kim Jong-un libertou americano devido pedidos de Obama
Líder norte-coreano decidiu pessoalmente libertar um dos três americanos detidos, devido "reiterados pedidos" de Barack Obama
Da Redação
Publicado em 23 de outubro de 2014 às 09h16.
Seul - O líder da Coreia do Norte , Kim Jong-un, decidiu pessoalmente libertar Jeffrey Fowle, um dos três americanos detidos no país, por causa dos "reiterados pedidos" de Barack Obama , publicou nesta quinta-feira a agência norte-coreana "KCNA".
"O líder supremo de Pyongyang decretou a libertação de Jeffrey Edward Fowle como uma medida especial, levando em conta os reiterados pedidos do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama", indicou o escritório do veículo estatal norte-coreano e alto-falante do regime comunista.
O governo dos EUA anunciou na terça-feira a libertação de Jeffrey Fowle, de 56 anos, detido em maio quando estava em uma viagem turística a Pyongyang por supostamente deixar escondida uma bíblia em uma das instalações de seu percurso.
A KCNA acrescentou em seu comunicado que "o criminoso foi entregue à parte americana segundo os procedimentos legais pertinentes", sem especificar outros motivos ou detalhes sobre a decisão de soltá-lo.
É difícil de acreditar que o regime norte-coreano tenha libertado o detido só pelos pedidos de Obama, já que em casos anteriores as devoluções de americanos exigiram as visitas de altas personalidades a Pyongyang, como os ex-presidentes Bill Clinton e Jimmy Carter.
Após voltar para casa em Miamisburg, em Ohio, Fowle apareceu na quarta-feira junto a sua mulher e seus filhos sem fazer declarações aos jornalistas, e um advogado da família comentou que ele está "em bom estado" e foi bem tratado na Coreia do Norte durante sua detenção.
Logo após a libertação, tanto a Casa Branca como o Departamento de Estado voltaram a pedir que a Coreia do Norte liberte "imediatamente" os outros dois americanos que continuam presos no país comunista, Matthew Miller e Kenneth Bae.
Miller, de 24 anos e que também viajou como turista para a Coreia do Norte, foi detido em abril por protagonizar um suposto incidente ao passar por um controle de imigração.
A detenção de Bae, missionário americano de origem coreana, aconteceu em novembro de 2012. Ele foi condenado a 15 anos de trabalhos forçados por realizar atividades religiosas no país.
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