Kim Jong-un já disse que tinha o "direito" de destruir a Coreia do Sul
Redação Exame
Publicado em 14 de março de 2024 às 09h21.
O líder norte-coreano, Kim Jong-un, conduziu uma demonstração militar envolvendo um novo tanque de guerra, segundo informou a mídia estatal KCNA nesta quinta-feira. O ditador fez essa ação calculada enquanto Coreia do Sul e Estados Unidos encerravam seus exercícios militares conjuntos.
Segundo a Reuters, a "partida de treinamento" do tanque dirigido por Kim foi projetada para inspecionar as capacidades de combate dos militares tanques e familiarizá-las com as ações de combate em diferentes missões táticas. Em uma fotografia publicada pela KCNA, o líder norte-coreano pode ser visto com a cabeça para fora de um tanque. A mídia estatal informou que ele mesmo dirigia o tanque.
Outras fotografias mostraram Kim usando uma jaqueta de couro e cercado por tropas, além de tanques com a bandeira norte-coreana disparando munição em um campo.
"Trilhando rapidamente seu caminho através de várias circunstâncias de combate, os tanques pesados atingiram alvos de uma só vez com ataques poderosos e romperam fortes linhas de defesa com alta capacidade de manobra", informou o relatório norte-coreano citado pela KCNA.
A 105ª Divisão de Tanques, que foi declarada vencedora da batalha simulada, foi a unidade que ocupou a capital sul-coreana, Seul, durante a Guerra da Coreia, disse à agência. Tecnicamente, as Coreias estão em guerra desde a década de 50.
A batalha simulada ocorre quando os exercícios anuais conjuntos envolvendo a Coreia do Sul e os EUA deveriam terminar nesta quinta-feira. Os treinos, conhecidos como Freedom Shield, foram os primeiros a ocorrer desde que Pyongyang descartou um pacto militar de 2018 com o objetivo de diminuir as tensões.O líder da Coreia do Norte disse na semana passada que tem o direito legal de aniquilar a Coreia do Sul. A declaração foi dada no último dia 9, durante a comemoração de fundação do exército do país.
Kim Jong-un ainda afirmou que as "marionetes" da Coreia do Sul haviam rejeitado os esforços de cooperação de Pyongyang. Um dia antes, o parlamento da Coreia do Norte aboliu leis de cooperação econômica com a Coreia do Sul.
Segundo o ditador, a Coreia do Sul é o "inimigo principal" do país, e com base nesse status legal, "ela pode ser atacada e destruída a qualquer momento".