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Kim Jong Un demite comandante e quer rapidez em preparativos militares para guerra

Regime interpreta exercício militar dos EUA e da Coreia do Sul marcado para este mês como uma invasão simulada

Guerra: Coreia do Norte está em conflito com o Sul desde a década de 1950 (KCNA VIA KNS/AFP)

Guerra: Coreia do Norte está em conflito com o Sul desde a década de 1950 (KCNA VIA KNS/AFP)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 10 de agosto de 2023 às 14h58.

Última atualização em 10 de agosto de 2023 às 15h43.

O líder norte-coreano, Kim Jong Un, demitiu seu principal comandante militar e pediu celeridade nos preparativos para a guerra, incentivando o aumento da produção de armas e a realização de mais exercícios, noticiou a imprensa estatal nesta quinta-feira, 10.

Em uma reunião com a Comissão Militar Central, o líder do regime demitiu o chefe do Estado-Maior, o general Pak Su Il, que foi substituído pelo general Ri Yong Gil, reportou a agência de notícias oficial KCNA.

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O veículo acrescentou que a reunião se concentrou em "realizar preparativos para uma guerra total", acrescentando que estes devem "garantir meios de ataque mais poderosos", visando garantir "uma preparação militar perfeita para uma guerra".

Coreia do Sul e Estados Unidos estão preparando um importante exercício militar conjunto este mês, uma manobra que o regime norte-coreano entende como uma invasão simulada.

Pak, que foi promovido ao posto de chefe do Exército no ano passado, pode ter sido demitido porque "não demonstrou competência suficiente no campo das operações militares", disse o especialista Cheong Seong-chang, pesquisador do Instituto Sejong.

"Kim Jong Un tem mostrado uma tendência a substituir rapidamente funcionários que considera que carecem de competências para controlar e cumprir suas funções", acrescentou ele.

Produção em massa de armas diferentes

O líder norte-coreano pediu que "todos os estabelecimentos industriais de munições impulsionem a produção em massa de armas diferentes e equipamento", de acordo com a KCNA.

"Também pediu que sejam realizados ativamente simulações de guerra reais para operar com armas eficazes e equipamentos recém-implantados", acrescentou.

Kim chegou à "importante conclusão de intensificar os preparativos de guerra do Exército do Povo Coreano de maneira ofensiva", acrescentou o veículo.

A informação divulgada pela agência norte-coreana parece ser uma resposta do país "aos próximos exercícios militares conjuntos entre Seul e Washington", disse a jornalistas um alto funcionário do Ministério da Unificação da Coreia do Sul.

Em alusão às fotos divulgadas pelo jornal norte-coreano Rodong Sinmun, que mostram Kim apontando para um mapa de Seul, o funcionário afirmou: "acho que ele tentou enviar uma mensagem a Seul com uma ação ameaçadora".

Na reunião, eles também discutiram os preparativos para um grande desfile militar para comemorar o 70º aniversário da fundação da Coreia do Norte, em 9 de setembro.

Em julho, o regime comunista organizou uma grande parada para marcar o 75º aniversário do armistício da Guerra da Coreia, um evento que os analistas chamaram de "a maior e mais óbvia exibição de sistemas com capacidade nuclear".

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