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Kiev diz que não voltará a anunciar cessar-fogo unilateral

O governo ucraniano deixou claro que não voltará a anunciar um cessar-fogo unilateral como fez em 20 de junho para tentar pôr fim à violência no país


	Insurgentes pró-Rússia em Lugansk, Ucrânia: em junho, houve trégua de uma semana
 (John MacDougall/AFP)

Insurgentes pró-Rússia em Lugansk, Ucrânia: em junho, houve trégua de uma semana (John MacDougall/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2014 às 09h32.

Kiev - Kiev deixou claro nesta terça-feira que não voltará a anunciar um cessar-fogo unilateral como fez em 20 de junho para tentar pôr fim à violência no leste da Ucrânia, imerso em combates entre os separatistas pró-russos e as tropas ucranianas.

"O presidente da Ucrânia disse definitivamente (que não haverá novo anúncio de cessar-fogo)", afirmou o ministro da Defesa, Valeri Gueletei, em entrevista coletiva, ao abordar a possibilidade de uma trégua com os insurgentes.

Gueletei acrescentou que "a partir de agora qualquer negociação será possível só depois que os guerrilheiros depuserem as armas".

No final de junho, as partes beligerantes acordaram uma trégua de uma semana e que posteriormente foi prorrogada por um prazo de três dias, o que, no entanto, não impediu que prosseguissem os combates no leste do país.

O governo da Ucrânia anunciou que tem o propósito de sitiar as cidades orientais de Donetsk e Lugansk a fim de obrigar as milícias separatistas a depor as armas.

Por outro lado, a autoproclamada república popular de Donetsk descartou essa possibilidade e alegou que Kiev não é capaz "fisicamente" de realizar essa operação.

"É impossível que o Exército ucraniano cerque qualquer destas cidades. Nem com todos seus recursos o Exército ucraniano é capaz de sitiar Donetsk", disse ao jornal digital russo "Gazeta.ru" o primeiro-ministro da autoproclamada república popular de Donetsk, Aleksandr Borodai.

Quanto à possível abertura de um processo de negociação de um acordo de paz, Borodai foi categórico para afirmar que isso ocorrerá só quando as tropas ucranianas abandonarem as regiões de Lugansk e Donetsk.

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