Voluntários xiitas, que se juntaram ao exército do Iraque na luta contra militantes sunitas do EIIL (Ahmed Saad/Reuters)
Da Redação
Publicado em 22 de junho de 2014 às 10h45.
Dubai - O líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, expressou neste domingo forte oposição à uma intervenção dos EUA, ou de qualquer outro país no Iraque, dizendo que os próprios iraquianos podem por fim à violência que assola seu país, informou a agência oficial de notícias IRNA.
Khamenei, que tem a última palavra sobre todos os assuntos de estado, acrescentou em declarações a funcionários do poder judiciário, que Washington visava manter o Iraque sob seu controle e colocar seus próprios fantoches no poder; que o conflito lá não era sectário, mas realmente entre aqueles que querem que o Iraque fique no quintal dos EUA e aqueles que buscavam a independência do país, reportou a IRNA.
"Somos categoricamente contra a intervenção dos EUA ou de outros (países) no Iraque",disse Khamenei segundo a IRNA.
"Não aprovamos isso, pois acreditamos que o governo iraquiano, a nação e as autoridades religiosas, são capazes de acabar com a sedição. E, se Deus quiser eles farão isso."
O presidente dos EUA, Barack Obama ofereceu até 300 norte-americanos no dia 19 de junho para ajudar a coordenar a luta contra os avanços rápidos dos militantes do Estado Sunita Militante Islâmico no Iraque e do Levant (EIIL), que capturaram partes do norte do Iraque esse mês. Mas ele se absteve de concordar com o pedido por ataques aéreos do governo xiita do primeiro-ministro Nuri al-Maliki.
"Os EUA não está satisfeito com o andamento do processo (político) no Iraque, ou seja, com a grande participação nas eleições e a sua própria seleção (de representantes), já que os EUA estão buscando ter um Iraque sob sua hegemonia e governado por seus lacaios", disse Khamenei, se referindo a eleição parlamentar no Iraque, em abril.