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Kerry é recebido por manifestantes palestinos

Horas antes do encontro previsto entre Kerry e o presidente palestino, uma multidão barulhenta de algumas centenas de pessoas tomou as ruas de Ramallah

O secretário de Estado americano, John Kerry: Kerry vem dizendo que um acordo preliminar poderia diminuir as diferenças entre os dois lados e preparar o caminho para um acordo final (KHAM/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de janeiro de 2014 às 13h57.

Ramallah - Manifestantes palestinos condenaram nesta sexta-feira os recentes esforços do secretário de Estado norte-americano, John Kerry , para avançar nas negociações de paz com Israel , com protestos evocando as revoltas árabes e dizendo à autoridade norte-americana para voltar para casa.

Horas antes do encontro previsto entre Kerry e o presidente palestino, Mahmoud Abbas, uma multidão barulhenta de algumas centenas de pessoas tomou as ruas de Ramallah, capital de fato da Cisjordânia, cantando "Kerry, seu covarde, não há lugar para você na Palestina!".

Separadamente, uma autoridade próxima a Abbas criticou a condução de Kerry para firmar um acordo. Kerry vem dizendo que um acordo preliminar poderia diminuir as diferenças entre os dois lados e preparar o caminho para um acordo final, quando o prazo de nove meses atribuído às negociações apoiadas pelos EUA expira, em 29 de abril.

Mas Yasser Abed Rabbo, o vice de Abbas na Organização para Libertação da Palestina, afirmou que o plano, em fase de finalização, "restringe a soberania palestina na terra palestina".

"O lado palestino não vai sequer olhar para um pedaço de papel sem valor... que contém princípios gerais para negociações posteriores, quando os dois lados já vêm negociando há meses e anos", afirmou Abed Rabo em um comunicado publicado no jornal al-Ayyam nesta sexta Autoridades palestinas e israelenses têm divergido publicamente sobre a situação futura da fronteira entre a Cisjordânia e a Jordânia, onde israelenses querem uma presença constante de atividades de segurança, enquanto palestinos pedem a retirada total de soldados e colonos judeus.


Israel afirmou na semana passada que planeja construir mais 1.400 casas em assentamentos na Cisjordânia ocupada.

Kerry disse a jornalistas que o acordo, além de fronteiras e segurança, tem como alvo resolver questões-chave do conflito como os refugiados e Jerusalém.

O principal diplomata dos EUA conversou durante cinco horas com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na quinta-feira e o encontrou novamente na sexta. O secretário de Estado deve reunir-se com Abbas mais tarde nesta sexta.

Aproximadamente trezentos ativistas do partido de esquerda Frente Democrática para a Libertação da Palestina reuniram-se no centro de Ramallah horas antes da previsão de chegada de Kerry.

Dezenas de policiais da tropa de choque e forças de segurança à paisana evitaram que a marcha alcançasse o complexo presidencial de Ramallah, onde Abbas deve receber Kerry.

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Ramallah - Manifestantes palestinos condenaram nesta sexta-feira os recentes esforços do secretário de Estado norte-americano, John Kerry , para avançar nas negociações de paz com Israel , com protestos evocando as revoltas árabes e dizendo à autoridade norte-americana para voltar para casa.

Horas antes do encontro previsto entre Kerry e o presidente palestino, Mahmoud Abbas, uma multidão barulhenta de algumas centenas de pessoas tomou as ruas de Ramallah, capital de fato da Cisjordânia, cantando "Kerry, seu covarde, não há lugar para você na Palestina!".

Separadamente, uma autoridade próxima a Abbas criticou a condução de Kerry para firmar um acordo. Kerry vem dizendo que um acordo preliminar poderia diminuir as diferenças entre os dois lados e preparar o caminho para um acordo final, quando o prazo de nove meses atribuído às negociações apoiadas pelos EUA expira, em 29 de abril.

Mas Yasser Abed Rabbo, o vice de Abbas na Organização para Libertação da Palestina, afirmou que o plano, em fase de finalização, "restringe a soberania palestina na terra palestina".

"O lado palestino não vai sequer olhar para um pedaço de papel sem valor... que contém princípios gerais para negociações posteriores, quando os dois lados já vêm negociando há meses e anos", afirmou Abed Rabo em um comunicado publicado no jornal al-Ayyam nesta sexta Autoridades palestinas e israelenses têm divergido publicamente sobre a situação futura da fronteira entre a Cisjordânia e a Jordânia, onde israelenses querem uma presença constante de atividades de segurança, enquanto palestinos pedem a retirada total de soldados e colonos judeus.


Israel afirmou na semana passada que planeja construir mais 1.400 casas em assentamentos na Cisjordânia ocupada.

Kerry disse a jornalistas que o acordo, além de fronteiras e segurança, tem como alvo resolver questões-chave do conflito como os refugiados e Jerusalém.

O principal diplomata dos EUA conversou durante cinco horas com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na quinta-feira e o encontrou novamente na sexta. O secretário de Estado deve reunir-se com Abbas mais tarde nesta sexta.

Aproximadamente trezentos ativistas do partido de esquerda Frente Democrática para a Libertação da Palestina reuniram-se no centro de Ramallah horas antes da previsão de chegada de Kerry.

Dezenas de policiais da tropa de choque e forças de segurança à paisana evitaram que a marcha alcançasse o complexo presidencial de Ramallah, onde Abbas deve receber Kerry.

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