Kerry diz que ainda há diferenças com Irã
Os Estados Unidos estão buscando um acordo que coloca limites de longo prazo sobre os programas nucleares do Irã
Da Redação
Publicado em 22 de novembro de 2014 às 14h09.
Viena - O secretário de Estado dos Estados Unidos , John Kerry, alertou neste sábado sobre "graves" diferenças nas negociações sobre um acordo a respeito do programa nuclear do Irã. "Estamos trabalhando arduamente", disse Kerry. "Mas nós ainda temos algumas diferenças graves".
Kerry também falou no sábado por telefone com ministros de relações exteriores árabes no Golfo, cujos países temem que o Irã possa ter capacidade de fabricar armas nucleares. De acordo com Departamento de Estado dos EUA, Kerry também entrou em contato com autoridades do Canadá e da Turquia.
Também no sábado, o ministro de relações exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, disse que os dois lados estão "ainda longe" em certas questões. Mas ele sinalizou que as diferenças podem ser superadas, ao declarar que as negociações chegaram em "um momento da verdade". Ainda assim, o ministro ressaltou que o sucesso ou o fracasso das negociações "está completamente em aberto neste momento".
Steinmeier falou depois de chegar em Viena, onde deve se unir aos esforços de Kerry para avançar nas conversações. Desde sexta-feira, entre as chegadas e partidas de autoridades de alto nível, o secretário britânico de relações exteriores, Philip Hammond, e o ministro francês Laurent Fabius conversaram com Kerry, o ministro das relações exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, e outros participantes nas negociações.
Esperanças de progresso foram brevemente impulsionadas na sexta-feira, diante de relatos de que Zarif planejava voar para Teerã, onde realizaria consultas adicionais. Isso poderia sinalizar um possível progresso, ao sugerir que os iranianos precisam de aprovação política de Teerã para avançar.
Inicialmente, a mídia iraniana falou de uma nova iniciativa dos EUA em que Zarif precisaria ter aprovação de seus superiores. Mas o diplomata iraniano frustrou as esperanças, ao alegar que ele estava hospedado em Viena e não teve "ofertas notáveis e ideias para levar para Teerã".
Os EUA, apoiados pela Rússia, China, Reino Unido, França e Alemanha, estão buscando um acordo que coloca limites de longo prazo sobre os programas nucleares do Irã. O país do Oriente Médio diz que não intenções de produzir armas, o que é o maior medo dos aliados, mas que está negociando com a esperança de aliviar sanções impostas por causa de suas atividades nucleares.
Kerry e Zarif enfatizaram que não houve nenhuma discussão sobre como estender as negociações, se o prazo de segunda-feira não for cumprido. No entanto, as grandes diferenças nas negociações sugerem, cada vez mais, que os dois lados poderiam concordar em continuar a se falar mesmo após o começo da semana. Fonte: Associated Press.
Viena - O secretário de Estado dos Estados Unidos , John Kerry, alertou neste sábado sobre "graves" diferenças nas negociações sobre um acordo a respeito do programa nuclear do Irã. "Estamos trabalhando arduamente", disse Kerry. "Mas nós ainda temos algumas diferenças graves".
Kerry também falou no sábado por telefone com ministros de relações exteriores árabes no Golfo, cujos países temem que o Irã possa ter capacidade de fabricar armas nucleares. De acordo com Departamento de Estado dos EUA, Kerry também entrou em contato com autoridades do Canadá e da Turquia.
Também no sábado, o ministro de relações exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, disse que os dois lados estão "ainda longe" em certas questões. Mas ele sinalizou que as diferenças podem ser superadas, ao declarar que as negociações chegaram em "um momento da verdade". Ainda assim, o ministro ressaltou que o sucesso ou o fracasso das negociações "está completamente em aberto neste momento".
Steinmeier falou depois de chegar em Viena, onde deve se unir aos esforços de Kerry para avançar nas conversações. Desde sexta-feira, entre as chegadas e partidas de autoridades de alto nível, o secretário britânico de relações exteriores, Philip Hammond, e o ministro francês Laurent Fabius conversaram com Kerry, o ministro das relações exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, e outros participantes nas negociações.
Esperanças de progresso foram brevemente impulsionadas na sexta-feira, diante de relatos de que Zarif planejava voar para Teerã, onde realizaria consultas adicionais. Isso poderia sinalizar um possível progresso, ao sugerir que os iranianos precisam de aprovação política de Teerã para avançar.
Inicialmente, a mídia iraniana falou de uma nova iniciativa dos EUA em que Zarif precisaria ter aprovação de seus superiores. Mas o diplomata iraniano frustrou as esperanças, ao alegar que ele estava hospedado em Viena e não teve "ofertas notáveis e ideias para levar para Teerã".
Os EUA, apoiados pela Rússia, China, Reino Unido, França e Alemanha, estão buscando um acordo que coloca limites de longo prazo sobre os programas nucleares do Irã. O país do Oriente Médio diz que não intenções de produzir armas, o que é o maior medo dos aliados, mas que está negociando com a esperança de aliviar sanções impostas por causa de suas atividades nucleares.
Kerry e Zarif enfatizaram que não houve nenhuma discussão sobre como estender as negociações, se o prazo de segunda-feira não for cumprido. No entanto, as grandes diferenças nas negociações sugerem, cada vez mais, que os dois lados poderiam concordar em continuar a se falar mesmo após o começo da semana. Fonte: Associated Press.