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Karzai pede para EUA libertarem afegãos de Guantánamo

O presidente do Afeganistão também pediu que, após a libertação, os detentos sejam repatriados


	Hamid Karzai, presidente do Afeganistão: "os queremos no Afeganistão logo que for possível", disse
 (Mandel Ngan/AFP)

Hamid Karzai, presidente do Afeganistão: "os queremos no Afeganistão logo que for possível", disse (Mandel Ngan/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de maio de 2013 às 13h47.

Copenhague - O presidente afegão, Hamid Karzai, pediu hoje aos Estados Unidos que liberte e envie outra vez ao Afeganistão os afegãos que permanecem presos na prisão de Guantánamo, em território cubano sob jurisdição americana.

"Os queremos no Afeganistão logo que for possível", declarou em entrevista coletiva Karzai, que ressaltou que seu governo está há anos em contato com as autoridades americanas e que realizou os trâmites necessários.

Além disso, expressou seu desejo de que seja resolvida em breve a situação dos 100 presos de Guantánamo em greve de fome pela indefinição na qual estão imersos há mais de uma década.

O presidente americano, Barack Obama, prometeu há quatro anos o fechamento da prisão, uma medida apoiada expressamente em várias ocasiões por Karzai, de visita hoje na Dinamarca após passar por Finlândia e Estônia.

O líder afegão afirmou em um pronunciamento com a primeira-ministra dinamarquesa, Helle Thorning-Schmidt, que espera que não aumentem os incidentes na fronteira com o Paquistão, que grupos armados atravessam, apesar de advertir que seu governo fará todo o possível para se defender.

A Dinamarca e o Afeganistão assinaram hoje um acordo de colaboração estratégica, vigente até 31 de dezembro de 2017, pelo qual Copenhague se compromete a continuar ajudando o país asiático depois da retirada de suas tropas no ano que vem.

A ajuda dinamarquesa, que aumentará até tornar o Afeganistão o primeiro receptor, se concentrará em programas de treino das forças policiais afegãs, mas sem esquecer outras iniciativas destinadas à sociedade civil.

Karzai manteve reuniões com os ministros das Relações Exteriores, Defesa e Cooperação dinamarqueses e deixou flores perante o monumento aos soldados dinamarqueses mortos em missões no exterior, além de ser recebido em audiência pela rainha Margarita II. 

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