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Kamala Harris vai definir vice para eleição nos EUA antes de giro por estados-chave

Após conzseguir votos suficientes de delegados, democrta se encaminha para a Convenção Nacional, que será realizada em Chicago em duas semanas

Kamala Harris, vice-presidente dos Estados Unidos (Brandon Bell/AFP)

Kamala Harris, vice-presidente dos Estados Unidos (Brandon Bell/AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 5 de agosto de 2024 às 17h09.

Última atualização em 5 de agosto de 2024 às 17h09.

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A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, nomeará, nesta segunda-feira, 5, seu companheiro de chapa para as eleições de novembro, antes de um giro por estados-chave do país, onde busca apoio para sua candidatura presidencial.

Todos os caminhos até a Casa Branca passam por um pequeno grupo de disputados estados cruciais. Harris iniciará sua viagem de cinco dias nesta terça pelo maior deles, a Pensilvânia, enquanto toma impulso para enfrentar o republicano Donald Trump em 5 de novembro.

“Neste momento, estamos diante de uma escolha entre duas visões para nossa nação: uma focada no futuro e a outra, no passado... Esta campanha é sobre pessoas que se unem, impulsionadas pelo amor à pátria, para lutar pelo melhor de nós”, publicou ela no X.

Com a recém-obtida quantidade suficiente de votos de delegados para garantir a indicação do Partido Democrata, Harris se encaminha para a Convenção Nacional, a ser realizada em Chicago em duas semanas, com total controle de seu partido.

Em uma campanha de apenas duas semanas, esta ex-procuradora de 59 anos bateu recordes de arrecadação de fundos, atraindo grandes multidões e dominando as redes sociais em sua busca para reduzir a vantagem nas pesquisas que Trump havia construído antes de o presidente Joe Biden deixar a corrida presidencial.

O próximo passo em sua agenda é a escolha de seu vice-presidente, um anúncio esperado a qualquer momento antes de seu comício na noite de terça-feira junto com o candidato em questão na Filadélfia, a maior cidade da Pensilvânia.

Esse estado é a joia mais preciosa entre os campos de batalha acirrados que decidem o sistema do Colégio Eleitoral e o futuro presidente.

Faz parte do chamado "muro azul" eleitoral que levou Biden à Casa Branca em 2020, junto com Michigan e Wisconsin, dois estados onde Harris pretende cortejar os eleitores na quarta-feira.

A Pensilvânia é governada pelo democrata Josh Shapiro, de 51 anos, favorito na chamada lista de candidatos a vice-presidente que também inclui os governadores Tim Walz (Minnesota) e Andy Beshear (Kentucky), assim como o senador pelo Arizona Mark Kelly e o secretário de transporte americano Pete Buttigieg.

"Liberdade"

Mais adiante na semana, Harris percorrerá a faixa racialmente mais diversa e os estados sulistas do Arizona, Nevada, Geórgia e Carolina do Norte, em seus esforços para consolidar o voto negro e hispânico que estava se afastando dos democratas.

Há apenas um mês, Trump, de 78 anos, tinha controle da situação ao abrir uma vantagem significativa nas pesquisas nos estados-chave após um desempenho péssimo de Biden no debate televisivo entre os dois, quando o republicano mantinha o país em suspense sobre sua própria escolha de vice-presidente.
A candidatura de Trump à Casa Branca se viu abalada em 21 de julho, quando Biden, de 81 anos, alvo de cada vez mais preocupações sobre sua idade e acuidade mental, com números ruins nas pesquisas, desistiu da disputa e declarou apoio a Harris como candidata democrata.

Enérgica e duas décadas mais jovem que Trump, a vice-presidente - a primeira de origem negra e do sul da Ásia no cargo - teve um início acelerado, arrecadando em julho US$ 310 milhões (cerca de R$ 1,75 bilhão, em cotação da época), segundo sua equipe de campanha, mais que o dobro de Trump no mesmo mês.

Enquanto Biden fazia apelos altruístas em favor do retorno à civilidade política e à preservação da democracia, Harris se concentra no futuro, fazendo da "liberdade" conquistada com esforço pelos eleitores a pedra fundamental de sua campanha.

Ela e seus aliados também se tornaram mais agressivos do que o grupo que cercava Biden. Zombaram do ex-presidente Trump (2017-2021) por renegar seu compromisso com um debate em 10 de setembro e chamaram o magnata de delinquente idoslo por suas condenações e processos judiciais.

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