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Kamala Harris: a força enérgica na discreta campanha de Joe Biden

Relutante em falar com a imprensa, a democrata enfatiza o diálogo na reta final da campanha para as eleições presidenciais

Kamala Harris: primeira candidata negra à vice-presidência dos Estados Unidos (Elodie Cuzin/AFP)

Kamala Harris: primeira candidata negra à vice-presidência dos Estados Unidos (Elodie Cuzin/AFP)

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AFP

Publicado em 25 de outubro de 2020 às 14h57.

Última atualização em 26 de outubro de 2020 às 18h46.

Aplaudida pelas multidões, com visitas "surpresa" aos estudantes e sorridente, Kamala Harris, a primeira candidata negra à vice-presidência dos Estados Unidos, de 56 anos, energiza a discreta campanha do septuagenário candidato democrata Joe Biden

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"Estou muito feliz em voltar para Atlanta, Georgia", disse Harris com um sorriso no rosto, pouco depois de descer do avião privado em que viaja.

Geralmente relutante em falar com a imprensa, a democrata enfatiza o diálogo na reta final da campanha para as eleições presidenciais.

Harris também pode exibir seu sólido currículo como senadora e ex-promotora da Califórnia.

Durante sua estadia na Georgia, a candidata à vice-presidência participa de reuniões de campanha em um ritmo vertiginoso após meses sem atos públicos de seu partido devido à pandemia de covid-19.

Mas ainda está longe das campanhas presidenciais anteriores ao coronavírus, quando os candidatos percorriam os Estados Unidos em um só dia.

Ou até mesmo da atual campanha do republicano Donald Trump, que está aumentando o número de atos mesmo com a emergência de saúde.

Visita relâmpago

Em nome do princípio da precaução, a chapa Biden-Harris limitou suas viagens. São poucos os jornalistas que acompanham os candidatos, com poucas oportunidades para fazer perguntas.

Uma estratégia que faz com que seus discursos estejam apenas presentes na mídia nacional, dominada pelo onipresente bilionário republicano.

Mas a disputa pela Casa Branca ocorre principalmente em alguns estados-chave.

E uma visita relâmpago, bem direcionada e amplamente divulgada pela imprensa local, pode atingir o objetivo.

Georgia, um estado do sul marcado pelos dramas da escravidão e da segregação, não vota por um presidente democrata desde a eleição de Bill Clinton em 1992.

Nesta ocasião, as pesquisas apontam para uma paridade entre Trump e Biden, especialmente graças à mobilização recorde com a votação antecipada em um estado onde um terço de seus habitantes são afroamericanos. E os democratas começam a sonhar.

"Há muito em jogo", disse Harris aos estudantes das universidades fundadas há décadas para receber aos estudantes negros vítimas de segregação.

Harris depois partiu rapidamente para outro destino, em meio a uma procissão de SUVs reluzentes repletos de agentes do "Serviço Secreto" encarregados da segurança das personalidades.

"Ver uma mulher negra tornar-se vice-presidente é algo muito, muito especial, então eu também trouxe a minha mãe", disse Jacinda Jackson, de 43 anos.


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