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Justiça sul-africana suspende deportação de imigrantes

O tribunal obrigou o governo a adiar os planos para que os imigrantes ilegais detidos, entre eles crianças, possam receber assistência legal

As prisões de cerca de 2 mil pessoas foram realizadas pela polícia para tentar devolver a calma às regiões afetadas pela onda de violência xenofóbica que deixou sete mortos (Reuters)
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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2015 às 13h40.

Johanesburgo - O Tribunal Superior de Johanesburgo ordenou nesta terça-feira que o governo sul-africano suspenda por duas semanas a deportação de centenas de imigrantes ilegais presos nos últimos dias em operações da polícia e do exército.

O tribunal obrigou o governo a adiar os planos para que os detidos, entre eles crianças, possam receber assistência legal.

A ordem foi ditada a pedido do grupo Advogados pelos Direitos Humanos (LHR, sigla em inglês), que oferece representação legal a todos os detidos e iniciou uma ação urgente para deter as deportações.

"Algumas deportações estavam previstas para amanhã. É uma clara violação dos direitos de todos os detidos. Todo mundo tem direito a representação legal", explicou em entrevista coletiva realizada em Johanesburgo Wayne Ncube, do LHR, que lamentou não poder dar dados concretos sobre o número de pessoas envolvidas.

Ncube criticou que as prisões tenham focado em "estrangeiros pobres", sem que se tenha verificado antes sua situação legal. O advogado também mostrou preocupação em relação aos refugiados detidos para serem enviados a seus países.

"Em alguns casos é enviar as pessoas à morte", afirmou sobre as consequências de não acompanhar todo o processo legal até a hora de deportar imigrantes refugiados.

Segundo a polícia, pelo menos duas mil pessoas, a maioria estrangeiros supostamente imigrantes ilegais, foram detidas nas últimas semanas, número que algumas organizações civis situam acima de três mil.

A operação, realizada pela polícia com apoio do exército, foi iniciada no fim de abril para devolver a calma às regiões afetadas pela onda de violência xeofóbica que deixou sete mortos e milhares de refugiados na África do Sul.

O governo foi acusado de incriminar os imigrantes e torná-los culpados pela crise xenofóbica, à qual reagiu com a detenção de supostos imigrantes ilegais.

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Johanesburgo - O Tribunal Superior de Johanesburgo ordenou nesta terça-feira que o governo sul-africano suspenda por duas semanas a deportação de centenas de imigrantes ilegais presos nos últimos dias em operações da polícia e do exército.

O tribunal obrigou o governo a adiar os planos para que os detidos, entre eles crianças, possam receber assistência legal.

A ordem foi ditada a pedido do grupo Advogados pelos Direitos Humanos (LHR, sigla em inglês), que oferece representação legal a todos os detidos e iniciou uma ação urgente para deter as deportações.

"Algumas deportações estavam previstas para amanhã. É uma clara violação dos direitos de todos os detidos. Todo mundo tem direito a representação legal", explicou em entrevista coletiva realizada em Johanesburgo Wayne Ncube, do LHR, que lamentou não poder dar dados concretos sobre o número de pessoas envolvidas.

Ncube criticou que as prisões tenham focado em "estrangeiros pobres", sem que se tenha verificado antes sua situação legal. O advogado também mostrou preocupação em relação aos refugiados detidos para serem enviados a seus países.

"Em alguns casos é enviar as pessoas à morte", afirmou sobre as consequências de não acompanhar todo o processo legal até a hora de deportar imigrantes refugiados.

Segundo a polícia, pelo menos duas mil pessoas, a maioria estrangeiros supostamente imigrantes ilegais, foram detidas nas últimas semanas, número que algumas organizações civis situam acima de três mil.

A operação, realizada pela polícia com apoio do exército, foi iniciada no fim de abril para devolver a calma às regiões afetadas pela onda de violência xeofóbica que deixou sete mortos e milhares de refugiados na África do Sul.

O governo foi acusado de incriminar os imigrantes e torná-los culpados pela crise xenofóbica, à qual reagiu com a detenção de supostos imigrantes ilegais.

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