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Justiça argentina ordena buscas em escritórios da Odebrecht

Na semana passada, os escritórios da Odebrecht já tinham sido revistados por ordem de outro juiz,

Prédio onde ficam os escritórios da Odebrecht na Argentina, Buenos Aires, dia 24/05/2017 (Marcos Brindicci/Reuters)

Prédio onde ficam os escritórios da Odebrecht na Argentina, Buenos Aires, dia 24/05/2017 (Marcos Brindicci/Reuters)

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EFE

Publicado em 5 de junho de 2017 às 18h56.

Buenos Aires - Um juiz argentino ordenou nesta segunda-feira novas operações de buscas e apreensão nos escritórios da Odebrecht no país, nesta ocasião no marco de uma investigação por irregularidades em obras ferroviárias, assim como nos das empresas IECSA e Ghella, sócias no projeto.

O Grupo Obras, Desenvolvimento e Serviços (ODS) - do qual faz parte a construtora IECSA - pertenceu a Angelo Calcaterra, primo do presidente da Argentina, Mauricio Macri, até que no último mês de março chegou a um acordo de venda com o empresário Marcelo Mindlin.

Segundo fontes judiciais consultadas pela agência estatal de notícias "Télam", o magistrado federal Marcelo Martínez De Giorgi ditou as medidas para avançar na investigação sobre se houve subornos na licitação das obras para soterrar o trem Sarmiento, que conecta a capital argentina com o oeste da província de Buenos Aires.

Na semana passada, os escritórios da Odebrecht já tinham sido revistados por ordem de outro juiz, que investiga se houve superfaturamento e irregularidades na contratação de várias empresas por parte da estatal AySA, a maior companhia de serviços de distribuição de água e saneamento da Argentina, para a construção de uma usina potabilizadora em 2008.

O projeto do trem Sarmiento - vencido pelo consórcio composto por Odebrecht, IECSA, COMSA e Ghella Societa Per Azioni - está na mira da Justiça argentina desde que, no último mês de janeiro, o jornal "La Nación" divulgou informação sobre supostas transferências ocorrida menos de um mês depois que a obra começasse a ser executada (durante o governo de Cristina Kirchner).

De acordo com o jornal, esses pagamentos poderiam ser uma operação para impulsionar a obra por meio de subornos.

As acusações atingiram especialmente o atual chefe da Inteligência argentina, Gustavo Arribas, suposto destinatário das transferências.

O autor das transferências, realizadas em contas na Suíça, foi supostamente o lobista brasileiro Leonardo Meirelles, condenado pela Operação Lava-Jato.

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