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Juppé: emissários líbios dizem que Kadafi está disposto a deixar o poder

Para o ministro francês, essa solução para a guerra na Líbia agora é assumida pela comunidade internacional, o que inclui os países africanos antes reticentes

Juppé: "Recebemos emissários que nos dizem que Kadafi está disposto a deixar a Líbia" (Jacques Demarthon/AFP)
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Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2011 às 06h55.

Paris - O ministro das Relações Exteriores francês, Alain Juppé, assinalou nesta terça-feira que recebeu em Paris emissários do regime líbio que dizem que Muammar Kadafi está disposto a deixar o país, mas especificou que não há "uma verdadeira negociação".

Perguntado em entrevista na emissora de rádio "France Info" se a França negocia com o regime de Kadafi, Juppé respondeu que "todo mundo tem contatos com todo mundo" e que o regime líbio "envia mensageiros a todas as partes", incluindo Paris.

"Não é uma verdadeira negociação", especificou o ministro, antes de assinalar que "recebemos emissários que nos dizem que Kadafi está disposto a deixar a Líbia".

O chefe da diplomacia francesa insistiu que "a saída da crise passa pela saída de Kadafi do poder".

Juppé indicou que essa solução agora é assumida pela comunidade internacional, o que inclui os países africanos antes reticentes: "a questão agora não é saber se Kadafi vai embora, mas como e quando".

Segundo o ministro francês, isso teria que se materializar com "um verdadeiro cessar-fogo", o recuo das tropas a seus quartéis e "uma declaração de Kadafi anunciando que se retira do poder".

A partir daí, acrescentou, "o diálogo nacional tem que ser tão amplo quanto o possível" e incluir as diversas partes, até mesmo membros do regime atual.

Por fim, Juppé sublinhou que após quatro meses de intervenção internacional as tropas rebeldes "avançam", enquanto Kadafi, por outro lado, "está debilitado".

"As forças do Conselho Nacional de Transição progridem e estão perto de Trípoli", lembrou Juppé.

O Parlamento francês vota na tarde desta terça-feira uma autorização para continuar a participação de seu Exército na operação militar na Líbia.

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O chefe da diplomacia francesa insistiu que "a saída da crise passa pela saída de Kadafi do poder".

Juppé indicou que essa solução agora é assumida pela comunidade internacional, o que inclui os países africanos antes reticentes: "a questão agora não é saber se Kadafi vai embora, mas como e quando".

Segundo o ministro francês, isso teria que se materializar com "um verdadeiro cessar-fogo", o recuo das tropas a seus quartéis e "uma declaração de Kadafi anunciando que se retira do poder".

A partir daí, acrescentou, "o diálogo nacional tem que ser tão amplo quanto o possível" e incluir as diversas partes, até mesmo membros do regime atual.

Por fim, Juppé sublinhou que após quatro meses de intervenção internacional as tropas rebeldes "avançam", enquanto Kadafi, por outro lado, "está debilitado".

"As forças do Conselho Nacional de Transição progridem e estão perto de Trípoli", lembrou Juppé.

O Parlamento francês vota na tarde desta terça-feira uma autorização para continuar a participação de seu Exército na operação militar na Líbia.

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