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Julgamento por genocídio de líderes do Khmer Vermelho adiado

Tribunal apoiado pela ONU adiou até janeiro de 2015 o julgamento por genocídio dos dois últimos dirigentes ainda vivos do Khmer Vermelho

Ideólogo do regime, Nuon Chea, 88 anos (e), e o chefe de Estado khmer, Khieu Samphan, 83 (Mark Peters/ECCC/Handout via Reuters)
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Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2014 às 07h57.

Phnom Penh - O tribunal especial de Phnom Penh apoiado pela ONU anunciou nesta segunda-feira o adiamento até janeiro de 2015 do julgamento por genocídio dos dois últimos dirigentes do Khmer Vermelho ainda vivos após o boicote da defesa.

"O tribunal não tem outra alternativa razoável a não ser adiar o julgamento", afirmou o juiz Nil Nonn, presidente do tribunal, em uma breve audiência.

"O julgamento fica adiado para 8 de janeiro de 2015", completou.

As audiências estão atrasadas por causa do boicote da defesa de Khieu Samphan, de 83 anos, ex-chefe de Estado do regime que, entre 1975 e 1979, provocou a morte de quase dois milhões de pessoas.

Khieu Samphan e Nuon Chea, de 88 anos, o ideólogo do regime, já foram condenados em agosto à prisão perpétua por crimes contra a humanidade por este tribunal, mas agora devem responder em um novo julgamento às acusações de genocídio.

Para adiar o processo, que começou em julho e está bloqueado desde 17 de outubro, Khieu Samphan argumenta que seus advogados precisam concentrar-se na apelação do primeiro veredicto.

O tribunal especial foi criado em 2006 para julgar os dirigentes do Khmer Vermelho. O primeiro julgamento foi centrado nos deslocamentos forçados realizados pelo regime, os mais importantes da história.

Depois de chegar ao poder em abril de 1975 no Camboja, o Khmer Vermelho, que tinha o projeto utópico inspirado no marxismo de criar uma sociedade agrária ideal sem moeda ou cidades, obrigou milhares de pessoas a deixar a capital do país.

O segundo julgamento contra Nuon Chea e Khieu Samphan inclui acusações de genocídio — referentes apenas aos vietnamitas e à minoria muçulmana cham —, casamentos forçados e estupros, além de crimes cometidos em vários campos de trabalho e prisões, entre elas a S-21.

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Phnom Penh - O tribunal especial de Phnom Penh apoiado pela ONU anunciou nesta segunda-feira o adiamento até janeiro de 2015 do julgamento por genocídio dos dois últimos dirigentes do Khmer Vermelho ainda vivos após o boicote da defesa.

"O tribunal não tem outra alternativa razoável a não ser adiar o julgamento", afirmou o juiz Nil Nonn, presidente do tribunal, em uma breve audiência.

"O julgamento fica adiado para 8 de janeiro de 2015", completou.

As audiências estão atrasadas por causa do boicote da defesa de Khieu Samphan, de 83 anos, ex-chefe de Estado do regime que, entre 1975 e 1979, provocou a morte de quase dois milhões de pessoas.

Khieu Samphan e Nuon Chea, de 88 anos, o ideólogo do regime, já foram condenados em agosto à prisão perpétua por crimes contra a humanidade por este tribunal, mas agora devem responder em um novo julgamento às acusações de genocídio.

Para adiar o processo, que começou em julho e está bloqueado desde 17 de outubro, Khieu Samphan argumenta que seus advogados precisam concentrar-se na apelação do primeiro veredicto.

O tribunal especial foi criado em 2006 para julgar os dirigentes do Khmer Vermelho. O primeiro julgamento foi centrado nos deslocamentos forçados realizados pelo regime, os mais importantes da história.

Depois de chegar ao poder em abril de 1975 no Camboja, o Khmer Vermelho, que tinha o projeto utópico inspirado no marxismo de criar uma sociedade agrária ideal sem moeda ou cidades, obrigou milhares de pessoas a deixar a capital do país.

O segundo julgamento contra Nuon Chea e Khieu Samphan inclui acusações de genocídio — referentes apenas aos vietnamitas e à minoria muçulmana cham —, casamentos forçados e estupros, além de crimes cometidos em vários campos de trabalho e prisões, entre elas a S-21.

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