Netanyahu: primeiro-ministro é acusado de suborno, quebra de confiança e fraude (Ronen Zvulun/Reuters)
Reuters
Publicado em 18 de fevereiro de 2020 às 17h18.
Jerusalém — O julgamento do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, por corrupção terá início em 17 de março, duas semanas após o país ir às urnas pela terceira vez para eleições nacionais em menos de um ano, informou o Ministério da Justiça nesta terça-feira.
Netanyahu, o primeiro premiê israelense no exercício do cargo a ser acusado de um crime, nega qualquer irregularidade nos três casos de corrupção contra ele.
Além de sua batalha legal, Netanyahu, que lidera o partido de direita Likud, está lutando por sua vida política nas eleições de 2 de março, depois de votações inconclusivas em abril e setembro.
Em um comunicado, o Ministério da Justiça alegou que o premiê, que está no poder há mais de uma década em um mandato recorde para Israel, será obrigado a comparecer ao Tribunal Distrital de Jerusalém na primeira sessão para ouvir uma acusação contra ele. Três juízes conduzirão o caso.
As acusações, formalmente apresentadas ao tribunal há três semanas, incluem suborno, quebra de confiança e fraude.
O premiê de 70 anos é acusado de aceitar indevidamente 264 mil dólares em presentes, que, segundo os promotores, incluíam charutos e champanhe dados por magnatas, além de distribuir favores reguladores em supostas ofertas para que um popular site de notícias realizasse uma cobertura mais favorável sobre ele. Netanyahu pode pegar até 10 anos de prisão se condenado por suborno e um prazo máximo de três anos por fraude e quebra de confiança.