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Juiz declara culpado menino que matou pai neonazista nos EUA

Segundo juiz do tribunal superior do condado de Riverside, o garoto exibia comportamento violento desde os 18 meses e foi expulso de oito colégios


	Revólver .357 foi usado por Joseph Hall para matar o pai, que ameaçava terminar o casamento com sua mãe e deixar a família
 (AFP/ Joe Klamar)

Revólver .357 foi usado por Joseph Hall para matar o pai, que ameaçava terminar o casamento com sua mãe e deixar a família (AFP/ Joe Klamar)

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2013 às 21h40.

Um menino de 12 anos, vítima de violência doméstica, e que matou o pai neonazista enquanto este dormia em sua casa na Califórnia, Estados Unidos, foi declarado culpado, esta segunda-feira, de homicídio doloso.

Joseph Hall tinha 10 anos na época do crime. Ele atirou na cabeça do pai, Jeff Hall, que tinha 32 anos, na madrugada de 1º de maio de 2011, enquanto este dormia, bêbado, no sofá. O menino usou um revólver .357 que pertencia ao pai.

"O menor sabia que o que fez estava errado", afirmou o juiz Jean Leonard, do tribunal superior do condado de Riverside, ao leste de Los Angeles, acrescentando que Hall planejou o ataque, depois que seu pai ameaçou acabar com o casamento e abandonar a família.

O magistrado explicou como, durante os dois anos anteriores ao homicídio, o pai doutrinou o filho sobre suas atividades em uma organização nazista e recorria a "métodos de punição fora de controle" quando o menino se comportava mal.

No entanto, disse que isto não minimizava o crime e destacou que o menino tinha tendências violentas há tempos.

"O tribunal reconhece que se tratava de um menor isolado que sabia mais que a média dos meninos de sua idade sobre ódio, armas e violência... Desde a idade de 18 meses, ele mostrava um comportamento violento", disse Leonard.

Joseph "foi expulso de oito colégios. Mas não era um menino inocente que não sabia nada da vida", acrescentou.

A pena será decidida em uma data futura ainda não definida.

A sentença foi proferida em um momento em que os Estados Unidos se encontram em pleno debate sobre crimes e controle de armas, retomado no mês passado, com o massacre em uma escola de Newton, Connecticut, em que morreram 26 pessoas, 20 delas crianças.

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