Mundo

Jordânia pede estratégia global contra Estado Islâmico

A Jordânia está entre os cinco países árabes que participaram dos ataques aéreos contra o Estado Islâmico em território sírio nesta semana

Abdullah: rei jordaniano evitou falar diretamente das ofensivas aéreas em seu depoimento (Mike Segar/Reuters)

Abdullah: rei jordaniano evitou falar diretamente das ofensivas aéreas em seu depoimento (Mike Segar/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2014 às 16h53.

Nações Unidas - O rei Abdullah, da Jordânia, se uniu aos líderes de outros países nesta quarta-feira e pediu uma estratégia coletiva para conter e derrotar os militantes do Estado Islâmico na Síria e no Iraque.

Segundo ele, haverá um preço a ser pago por todos os países se a ameaça do terrorismo for ignorada.

"Aqueles que dizem 'isso não é nosso problema' estão errados", afirmou o monarca em discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

"A segurança de cada nação será definida pelo destino do Oriente Médio. Juntos, nós podemos e devemos tomar medidas humanitárias e de segurança urgentes para desenvolver soluções duradouras às crises de hoje."

A Jordânia, que compartilha sua fronteira com a Síria e recebeu mais de um milhão de refugiados do país, está entre os cinco países árabes que participaram dos ataques aéreos contra o Estado Islâmico em território sírio nesta semana.

O grupo de extremistas sunitas tomou para si o controle de diversas partes tanto da Síria como do Iraque, ameaçando a população local e impondo sua interpretação conservadora do Islã.

O rei jordaniano evitou falar diretamente das ofensivas aéreas em seu depoimento, mas disse que o país está "na linha de frente" dos esforços para combater o extremismo.

"Os terroristas e os criminosos que atacaram a Síria, o Iraque e outros países hoje são reflexos extremos da ameaça global", ele afirmou.

"Nossa comunidade internacional precisa de uma estratégia coletiva para conter e derrotar esses grupos."

Um dos principais países aliados dos Estados Unidos na região, a Jordânia tem uma grande e forte comunidade de islâmicos ultraconservadores chamados de Salafis, que simpatizam com o Estado Islâmico.

O jordaniano Abu Musab al-Zarqawi foi o militante que fundou o braço da Al-Qaeda no Iraque, grupo que mais tarde se tornaria o Estado Islâmico. Fonte: Associated Press.

Acompanhe tudo sobre:Estado IslâmicoIslamismoJordâniaSunitasTerrorismo

Mais de Mundo

Conheça os cinco empregos com as maiores taxas de acidentes fatais nos EUA

Refugiados sírios tentam voltar para casa, mas ONU alerta para retorno em larga escala

Panamá repudia ameaça de Trump de retomar o controle do Canal

Milei insiste em flexibilizar Mercosul para permitir acordos comerciais com outros países