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Jihadistas lançam novos ataques na Síria e no Iraque

Os combates na segunda-feira na Síria deixaram 17 mortos nas fileiras dos jihadistas e cinco do lado curdo, de acordo com o OSDH

Explosão em Kobani: combates esporádicos prosseguiam nesta terça-feira no leste da cidade (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2014 às 17h27.

Os jihadistas do Estado Islâmico (EI) lançaram novos ataques nesta terça-feira na cidade curda de Kobani, na Síria , e em outra no Iraque , também controlada por forças curdas que lutam para conter seu avanço, apesar do apoio internacional.

Em Kobani, a poucos quilômetros da fronteira com a Turquia, vários ataques da coalizão liderada pelos Estados Unidos foram realizados antes do amanhecer em apoio às tropas terrestres curdas, de acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

Após a nova ofensiva lançada segunda-feira à noite pelo grupo ultrarradical sunita, combates esporádicos prosseguiam nesta terça-feira no leste da Kobane.

"O EI tenta avançar com força no centro" e no norte da cidade, perto da Turquia, e "houve dois ataques suicidas" na segunda-feira à noite, relatou à AFP um líder de Kobani, Idris Nassen, refugiado na Turquia.

Os combates na segunda-feira deixaram 17 mortos nas fileiras dos jihadistas e cinco do lado curdo, de acordo com o OSDH.

Os jihadistas vêm tentando há vários dias asfixiar Kobani, mais de um mês após o início, em 16 de setembro, de sua ofensiva contra a cidade, que provocou a fuga de mais de 300.000 pessoas.

Centenas de pessoas ainda estão presas na localidade.

Enquanto isso, no vizinho Iraque, os jihadistas atacaram a cidade de Qara Tapah, a cerca de 50 km da fronteira iraniana.

Cerca de 9.000 pessoas fugiram, segundo uma fonte local.

"Pedimos apoio aéreo da coalizão internacional", declarou um oficial militar do setor.

Ameaças para a região

No Iraque, a coalizão realizou seus primeiros ataques contra posições do EI em 8 de agosto, mas, mais de três meses depois, começam a mostrar seus limites frente aos jihadistas que controlam grande parte da província ocidental de Al-Anbar, que faz fronteira com a Síria.

Autoridades americanas e iraquianas reconheceram que uma estratégia puramente aérea não seria suficiente para vencer essa guerra, enfatizando a necessidade de reforçar o exército iraquiano, completamente dominado no início da ofensiva do EI em junho.

Enquanto isso, a coalizão multiplica seus ataques - mais de 140 apenas em Kobani desde o final de setembro - e se apoia nos curdos, que se tornaram seus melhores aliados na luta contra o EI.

Em Teerã, o presidente Hassan Rohani recebeu nesta terça-feira o novo primeiro-ministro iraquiano Haidar al-Abadi para discutir a luta contra a EI.

Os jihadistas são "uma ameaça para a região, e esses grupos terroristas estão tentando criar a divisão entre xiitas e sunitas", declarou Abadi em sua primeira visita ao Irã desde que tomou posse.

Desde junho, Teerã tem fornecido armas aos combatentes curdos e enviou conselheiros militares a Bagdá, mas nega o envio de tropas terrestres.

Ainda em Bagdá, dois atentados com carro-bomba mataram pelo menos 12 pessoas nesta terça-feira em um bairro xiita.

Peshmergas ainda não chegaram em Kobani

A região autônoma do Curdistão iraquiano prometeu enviar homens para Kobani após o aval dado pela Turquia para a passagem dos peshmergas (combatentes curdos) por sua fronteira.

"Temos jovens curdos do Curdistão ocidental (a Síria) que nós treinamos no Curdistão (Iraque). Nós vamos enviá-los para lutar", declarou à AFP Halgord Hekmet, porta-voz dos peshmergas.

Mas "não temos outras forças para enviar", ressaltou.

Idris Nassen informou nesta terça que tais peshmergas ainda não chegaram na cidade. "Não temos nenhuma informação sobre isso".

Washington saudou a decisão de Ancara que, apesar da pressão de seus aliados, recusa-se a realizar qualquer intervenção militar para ajudar os combatentes curdos da Síria, considerando que isso só iria fortalecer o presidente sírio, Bashar al-Assad, seu inimigo.

Os Estados Unidos têm a intenção de continuar a discutir com a Turquia formas de envolvê-la em sua luta contra o EI, um grupo que conta com dezenas de milhares de homens responsáveis ​​por terríveis atrocidades - estupros, sequestros, assassinatos, decapitações - no "califado" que proclamou no final de junho nas áreas sob seu controle no Iraque e na Síria.

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Os jihadistas do Estado Islâmico (EI) lançaram novos ataques nesta terça-feira na cidade curda de Kobani, na Síria , e em outra no Iraque , também controlada por forças curdas que lutam para conter seu avanço, apesar do apoio internacional.

Em Kobani, a poucos quilômetros da fronteira com a Turquia, vários ataques da coalizão liderada pelos Estados Unidos foram realizados antes do amanhecer em apoio às tropas terrestres curdas, de acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

Após a nova ofensiva lançada segunda-feira à noite pelo grupo ultrarradical sunita, combates esporádicos prosseguiam nesta terça-feira no leste da Kobane.

"O EI tenta avançar com força no centro" e no norte da cidade, perto da Turquia, e "houve dois ataques suicidas" na segunda-feira à noite, relatou à AFP um líder de Kobani, Idris Nassen, refugiado na Turquia.

Os combates na segunda-feira deixaram 17 mortos nas fileiras dos jihadistas e cinco do lado curdo, de acordo com o OSDH.

Os jihadistas vêm tentando há vários dias asfixiar Kobani, mais de um mês após o início, em 16 de setembro, de sua ofensiva contra a cidade, que provocou a fuga de mais de 300.000 pessoas.

Centenas de pessoas ainda estão presas na localidade.

Enquanto isso, no vizinho Iraque, os jihadistas atacaram a cidade de Qara Tapah, a cerca de 50 km da fronteira iraniana.

Cerca de 9.000 pessoas fugiram, segundo uma fonte local.

"Pedimos apoio aéreo da coalizão internacional", declarou um oficial militar do setor.

Ameaças para a região

No Iraque, a coalizão realizou seus primeiros ataques contra posições do EI em 8 de agosto, mas, mais de três meses depois, começam a mostrar seus limites frente aos jihadistas que controlam grande parte da província ocidental de Al-Anbar, que faz fronteira com a Síria.

Autoridades americanas e iraquianas reconheceram que uma estratégia puramente aérea não seria suficiente para vencer essa guerra, enfatizando a necessidade de reforçar o exército iraquiano, completamente dominado no início da ofensiva do EI em junho.

Enquanto isso, a coalizão multiplica seus ataques - mais de 140 apenas em Kobani desde o final de setembro - e se apoia nos curdos, que se tornaram seus melhores aliados na luta contra o EI.

Em Teerã, o presidente Hassan Rohani recebeu nesta terça-feira o novo primeiro-ministro iraquiano Haidar al-Abadi para discutir a luta contra a EI.

Os jihadistas são "uma ameaça para a região, e esses grupos terroristas estão tentando criar a divisão entre xiitas e sunitas", declarou Abadi em sua primeira visita ao Irã desde que tomou posse.

Desde junho, Teerã tem fornecido armas aos combatentes curdos e enviou conselheiros militares a Bagdá, mas nega o envio de tropas terrestres.

Ainda em Bagdá, dois atentados com carro-bomba mataram pelo menos 12 pessoas nesta terça-feira em um bairro xiita.

Peshmergas ainda não chegaram em Kobani

A região autônoma do Curdistão iraquiano prometeu enviar homens para Kobani após o aval dado pela Turquia para a passagem dos peshmergas (combatentes curdos) por sua fronteira.

"Temos jovens curdos do Curdistão ocidental (a Síria) que nós treinamos no Curdistão (Iraque). Nós vamos enviá-los para lutar", declarou à AFP Halgord Hekmet, porta-voz dos peshmergas.

Mas "não temos outras forças para enviar", ressaltou.

Idris Nassen informou nesta terça que tais peshmergas ainda não chegaram na cidade. "Não temos nenhuma informação sobre isso".

Washington saudou a decisão de Ancara que, apesar da pressão de seus aliados, recusa-se a realizar qualquer intervenção militar para ajudar os combatentes curdos da Síria, considerando que isso só iria fortalecer o presidente sírio, Bashar al-Assad, seu inimigo.

Os Estados Unidos têm a intenção de continuar a discutir com a Turquia formas de envolvê-la em sua luta contra o EI, um grupo que conta com dezenas de milhares de homens responsáveis ​​por terríveis atrocidades - estupros, sequestros, assassinatos, decapitações - no "califado" que proclamou no final de junho nas áreas sob seu controle no Iraque e na Síria.

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