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Jerusalém quer receber 10 milhões de visitantes por ano

Prefeito acredita que pelo menos 3,5 bilhões de pessoas no mundo desejam visitar a cidade e planeja incentivar o turismo no local

Jerusalém recebeu 3,4 milhões de turistas em 2010, um recorde para a cidade (Berthold Werner/Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2011 às 10h25.

Jerusalém - Jerusalém quer relançar o turismo religioso e cultural e receber 10 milhões de visitantes por ano, em uma estratégia de seu prefeito, Nir Barkat, para universalizar a cidade santa e fomentar sua unidade sob bandeira israelense.

"A visão de futuro que temos para Jerusalém está em seu passado e na estratégia de abrir a cidade ao mundo", explicou à Agência Efe o prefeito Barkat, que se propôs a alcançar o número de 10 milhões de turistas ao ano no prazo de duas décadas.

A cidade, na qual vivem cerca de 800 mil pessoas, recebeu no ano passado o recorde de 3,4 milhões de visitantes, um número que considera insuficiente para o que define como "o centro do mundo".

Convencido de que tem em suas mãos "uma das 'marcas' mais importantes no mundo todo" que "não precisa de nenhuma apresentação", o prefeito garante que 3,5 bilhões de pessoas desejariam visitar a cidade "pelo menos uma vez na vida" e que seu objetivo é ajudá-las a realizar esse desejo.

Assim se manifestaram também os 25 participantes da 27ª edição da Conferência Internacional de Prefeitos em Jerusalém, um evento que neste ano conta com a participação dos governantes de Melbourne, Bratislava, Budapeste, Atenas, Nairóbi, Harare, Dar es Salaam, entre outros.

Da América Latina participaram os prefeitos de San Salvador e Trujillo (Peru), que coincidem na contribuição deste tipo de encontro para "trocar experiências com outros colegas do mundo" sobre temas de interesse comum para "os que estão perto do povo".

Já a prefeita de Montevidéu cancelou sua participação pela suspensão de voos devido à nuvem de cinzas do vulcão chileno Puyehue.

A conferência deste ano se centra no uso de tecnologias para educação, segurança cidadã e integração de emigrantes, assuntos que, segundo Barkat, "são a preocupação de qualquer prefeito".

"Na prática, todos nós temos os mesmo desafios, que são como melhorar a qualidade de vida de nossas povoações", afirmou na cerimônia inaugural na Prefeitura de Jerusalém.

Como novidade, a Conferência de Jerusalém inclui percursos por Haifa (norte) e Tel Aviv (centro), com uma visita nesta última cidade à escola na qual estudam alunos de 48 nacionalidades.

Empresário de 52 anos que em 2003 deixou os negócios para trabalhar por Jerusalém, Barkat é plenamente consciente da crise econômica que a cidade sofreu nas últimas décadas - é a segunda mais pobre do país - e dos problemas de imagem que arrasta pelo litígio político com os palestinos, que demandam a parte leste como capital de seu futuro Estado.

"O desafio que tenho como prefeito é transformar Jerusalém em uma cidade mais atrativa (..) e 10 milhões de turistas criarão imensas oportunidades (..)", declarou.

Ele não cogita a partilha de Jerusalém entre israelenses e palestinos porque, segundo ele, a cidade "nunca foi capital de nenhum povo, só do judeu".

Ele ressaltou ainda que "o segredo está no desenvolvimento econômico" com o turismo como principal motor de crescimento.

"É preciso agir para que as pessoas cheguem e aproveitem a cidade. Que percebam que esta é uma cidade aberta, onde há liberdade de crença e acesso aos locais santos, liberdade que não houve durante 2000 anos até a sua reunificação (na Guerra dos Seis Dias de 1967)", disse Barkat.

A população que reside no perímetro municipal de Jerusalém, que inclui a parte leste não reconhecida pela comunidade internacional, é composta por cerca de 500 mil judeus e 300 mil palestinos, e as estatísticas revelam que em menos de duas décadas terá superado 1 milhão de habitantes.

Trata-se de desafio que requereria ao município a construção de 50 mil novas casas e uma profunda transformação de suas vias de trânsito, dentro de um plano que, segundo o prefeito, está destinado para que Jerusalém "assuma o papel que lhe corresponde no mundo".

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Jerusalém - Jerusalém quer relançar o turismo religioso e cultural e receber 10 milhões de visitantes por ano, em uma estratégia de seu prefeito, Nir Barkat, para universalizar a cidade santa e fomentar sua unidade sob bandeira israelense.

"A visão de futuro que temos para Jerusalém está em seu passado e na estratégia de abrir a cidade ao mundo", explicou à Agência Efe o prefeito Barkat, que se propôs a alcançar o número de 10 milhões de turistas ao ano no prazo de duas décadas.

A cidade, na qual vivem cerca de 800 mil pessoas, recebeu no ano passado o recorde de 3,4 milhões de visitantes, um número que considera insuficiente para o que define como "o centro do mundo".

Convencido de que tem em suas mãos "uma das 'marcas' mais importantes no mundo todo" que "não precisa de nenhuma apresentação", o prefeito garante que 3,5 bilhões de pessoas desejariam visitar a cidade "pelo menos uma vez na vida" e que seu objetivo é ajudá-las a realizar esse desejo.

Assim se manifestaram também os 25 participantes da 27ª edição da Conferência Internacional de Prefeitos em Jerusalém, um evento que neste ano conta com a participação dos governantes de Melbourne, Bratislava, Budapeste, Atenas, Nairóbi, Harare, Dar es Salaam, entre outros.

Da América Latina participaram os prefeitos de San Salvador e Trujillo (Peru), que coincidem na contribuição deste tipo de encontro para "trocar experiências com outros colegas do mundo" sobre temas de interesse comum para "os que estão perto do povo".

Já a prefeita de Montevidéu cancelou sua participação pela suspensão de voos devido à nuvem de cinzas do vulcão chileno Puyehue.

A conferência deste ano se centra no uso de tecnologias para educação, segurança cidadã e integração de emigrantes, assuntos que, segundo Barkat, "são a preocupação de qualquer prefeito".

"Na prática, todos nós temos os mesmo desafios, que são como melhorar a qualidade de vida de nossas povoações", afirmou na cerimônia inaugural na Prefeitura de Jerusalém.

Como novidade, a Conferência de Jerusalém inclui percursos por Haifa (norte) e Tel Aviv (centro), com uma visita nesta última cidade à escola na qual estudam alunos de 48 nacionalidades.

Empresário de 52 anos que em 2003 deixou os negócios para trabalhar por Jerusalém, Barkat é plenamente consciente da crise econômica que a cidade sofreu nas últimas décadas - é a segunda mais pobre do país - e dos problemas de imagem que arrasta pelo litígio político com os palestinos, que demandam a parte leste como capital de seu futuro Estado.

"O desafio que tenho como prefeito é transformar Jerusalém em uma cidade mais atrativa (..) e 10 milhões de turistas criarão imensas oportunidades (..)", declarou.

Ele não cogita a partilha de Jerusalém entre israelenses e palestinos porque, segundo ele, a cidade "nunca foi capital de nenhum povo, só do judeu".

Ele ressaltou ainda que "o segredo está no desenvolvimento econômico" com o turismo como principal motor de crescimento.

"É preciso agir para que as pessoas cheguem e aproveitem a cidade. Que percebam que esta é uma cidade aberta, onde há liberdade de crença e acesso aos locais santos, liberdade que não houve durante 2000 anos até a sua reunificação (na Guerra dos Seis Dias de 1967)", disse Barkat.

A população que reside no perímetro municipal de Jerusalém, que inclui a parte leste não reconhecida pela comunidade internacional, é composta por cerca de 500 mil judeus e 300 mil palestinos, e as estatísticas revelam que em menos de duas décadas terá superado 1 milhão de habitantes.

Trata-se de desafio que requereria ao município a construção de 50 mil novas casas e uma profunda transformação de suas vias de trânsito, dentro de um plano que, segundo o prefeito, está destinado para que Jerusalém "assuma o papel que lhe corresponde no mundo".

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