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Jeb Bush lança candidatura e tenta se dissociar do irmão

Seu nome se une ao de outros 9 republicanos que já anunciaram a intenção de disputar a eleição de 2016 para a presidência dos EUA


	Jeb Bush anuncia pré-candidatura à Presidência dos EUA em Miami
 (REUTERS/Joe Skipper)

Jeb Bush anuncia pré-candidatura à Presidência dos EUA em Miami (REUTERS/Joe Skipper)

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Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2015 às 18h47.

Washington - Com música latina, uma apresentadora hispano-americana, exilados cubanos e a ausência dos dois Bush que comandaram os Estados Unidos em 12 dos últimos 26 anos, Jeb Bush lançou de maneira oficial sua candidatura à presidência do país na tarde desta segunda-feira.

Seu nome se une ao de outros nove republicanos que já anunciaram a intenção de disputar a eleição de 2016, no mais competitivo e diverso processo de seleção da história recente da legenda.

Preferido da ala tradicional do partido, Jeb tenta se dissociar de seu irmão, George W. Bush, que iniciou uma das guerras mais impopulares entre os americanos, a do Iraque, e viu o país mergulhar na mais severa crise econômica em sete décadas.

A intenção fica explícita no símbolo escolhido para sua campanha: "Jeb!". A sigla que se transformou no primeiro nome do irmão mais novo de George W. é formada pelas iniciais de John Ellis Bush, como foi batizado há 62 anos.

Com a ausência dos dois ex-presidentes, o clã Bush foi representado pela matriarca Barbara, que aos 90 anos continua a ser uma das mais admiradas entre as mulheres que desempenharam o papel de primeiras-damas dos EUA.

Casado com uma mexicana, Columba, e convertido ao catolicismo, Jeb fala espanhol de maneira fluente e já se manifestou a favor de reformas do sistema de imigração que regularizem a situação de muitos dos 11 milhões de pessoas que vivem de maneira ilegal nos Estados Unidos.

Realizado em Miami, o evento de lançamento da campanha foi marcado pelo apelo à comunidade latina, que responde por uma parcela crescente da população americana.

A posição simpática aos imigrantes é uma das que podem dificultar sua aprovação entre os eleitores das primárias do Partido Republicano, mais conservadores do que os que comparecerão às urnas em novembro de 2016.

Muitos os consideram excessivamente liberal para representar a legenda.

Mesmo tentando se dissociar do pai e do irmão, Jeb pode ser beneficiado pelo sobrenome, associado ao poder dentro do Partido Republicano.

A última vez em que a legenda chegou à Casa Branca sem ter um Bush na chapa presidencial foi 1972, com a eleição de Richard Nixon.

Bush pai foi vice de Ronald Reagan de 1981 a 1989 e o substituiu na presidência, por apenas um mandato. O irmão de Jeb, George W. Bush, venceu a eleição em 2001 e ficou na Casa Branca por oito anos, até a eleição de Barack Obama.

Caso Bush seja o escolhido, é provável que ele enfrente a representante de outra linhagem política do lado democrata: Hillary Clinton, mulher do ex-presidente Bill Clinton, que governou entre os dois Georges.

Ela também optou por usar seu primeiro nome em seu símbolo de campanha: "Hillary". Nisso, ambos se diferenciam da prática dos EUA, onde os políticos são conhecidos por seus sobrenomes.

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