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Japão recorda o bombardeio atômico de Hiroshima

Primeiro bombardeio atômico da história ocorreu há 71 anos

Tristeza: mulher chora em cerimônia de homenagem às vítimas de Hiroshima (Kyodo/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2016 às 10h25.

Os japoneses relembraram neste sábado o primeiro bombardeio atômico da história, lançado há 71 anos contra Hiroshima, cidade do sul do arquipélago, visitada pela primeira vez neste ano por um presidente dos Estados Unidos .

Em 6 de agosto de 1945, às 08h15 locais, um bombardeiro B-29 americano batizado "Enola Gay" lançava em cima dessa cidade a bomba atômica "Little Boy".

Três dias depois, outra bom atômica, "Fat Man", devastou Nagasaki, o que levou à rendição japonesa, em 15 de agosto, e ao final da Segunda Guerra Mundial.

Com uma potência equivalente a cerca de 16 quilotoneladas de TNT, a bomba de Hiroshima causou uma deflagração que subiu a temperatura no solo a 4.000 graus. "Little Boy" provocou, naquele mesmo dia e nas semanas seguintes, 140.000 mortos.

Neste sábado, cerca de 50.000 japoneses, entre eles o primeiro-ministro Shinzo Abe e representantes de dezenas de países, fizeram um minuto de silêncio no momento exato da explosão da bomba sobre Hiroshima.

Durante a cerimônia oficial, o prefeito da cidade bombardeada, Kazumi Matsui, recordou a visita do presidente americano, Barack Obama, em maio passado e seu histórico discurso.

Esta visita "é a prova de que o presidente Obama compartilha o profundo desejo de Hiroshima de não tolerar o 'mal absoluto", estimou Matsui, que apelou o mundo a adotar medidas para proibir a bomba atômica, "a forma máxima da desumanidade".

Daquele momento, ficou a forte imagem de Barack Obama apertando a mão de um sobrevivente e dando um abraço em outro.

Na ocasião, Obama, que foi "para render homenagem aos mortos", defendeu um "mundo sem armas nucleares".

''Grande esperança"

Hiroshima e Nagasaki são um símbolo que o mundo deve recordar sempre, consideram os japoneses.

Em 25 de julho passado, cerca de 500 alunos japoneses participaram de um ato no Parque do Monumento à Paz de Hiroshima, onde está depositado um número simbólico de mil grous japoneses brancos de origami na estátua Sadako Sasaki, a menina de 13 anos que representa a todas crianças mortas pela bomba atômica.

O primeiro-ministro japonês, depois de depositar uma coroa de flores, reiterou neste sábado que Tóquio vai continuar a trabalhar por um mundo sem armas nucleares.

"Eu estou convencido de que [a visita de Obama] trouxe uma grande esperança para o Japão, o mundo e [especialmente] Hiroshima e Nagasaki", disse Abe.

Muitos japoneses consideram a destruição dessas duas cidades como crimes de guerra, uma vez que os alvos foram civis e sua capacidade de devastação sem precedentes.

Enquanto isso, muitos americanos acreditam que estes bombardeios, que precipitaram o fim da guerra entre os Estados Unidos e o Japão, impediu a perda de mais vidas.

Desde que Obama visitou Hiroshima, o parque e o museu memorial registraram um aumento no número de visitantes.

No entanto, uma associação de sobreviventes da bomba atômica ciriticou seu discurso de maio, considerando que faltou uma menção explícita da responsabilidade americana no bombardeio.

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Os japoneses relembraram neste sábado o primeiro bombardeio atômico da história, lançado há 71 anos contra Hiroshima, cidade do sul do arquipélago, visitada pela primeira vez neste ano por um presidente dos Estados Unidos .

Em 6 de agosto de 1945, às 08h15 locais, um bombardeiro B-29 americano batizado "Enola Gay" lançava em cima dessa cidade a bomba atômica "Little Boy".

Três dias depois, outra bom atômica, "Fat Man", devastou Nagasaki, o que levou à rendição japonesa, em 15 de agosto, e ao final da Segunda Guerra Mundial.

Com uma potência equivalente a cerca de 16 quilotoneladas de TNT, a bomba de Hiroshima causou uma deflagração que subiu a temperatura no solo a 4.000 graus. "Little Boy" provocou, naquele mesmo dia e nas semanas seguintes, 140.000 mortos.

Neste sábado, cerca de 50.000 japoneses, entre eles o primeiro-ministro Shinzo Abe e representantes de dezenas de países, fizeram um minuto de silêncio no momento exato da explosão da bomba sobre Hiroshima.

Durante a cerimônia oficial, o prefeito da cidade bombardeada, Kazumi Matsui, recordou a visita do presidente americano, Barack Obama, em maio passado e seu histórico discurso.

Esta visita "é a prova de que o presidente Obama compartilha o profundo desejo de Hiroshima de não tolerar o 'mal absoluto", estimou Matsui, que apelou o mundo a adotar medidas para proibir a bomba atômica, "a forma máxima da desumanidade".

Daquele momento, ficou a forte imagem de Barack Obama apertando a mão de um sobrevivente e dando um abraço em outro.

Na ocasião, Obama, que foi "para render homenagem aos mortos", defendeu um "mundo sem armas nucleares".

''Grande esperança"

Hiroshima e Nagasaki são um símbolo que o mundo deve recordar sempre, consideram os japoneses.

Em 25 de julho passado, cerca de 500 alunos japoneses participaram de um ato no Parque do Monumento à Paz de Hiroshima, onde está depositado um número simbólico de mil grous japoneses brancos de origami na estátua Sadako Sasaki, a menina de 13 anos que representa a todas crianças mortas pela bomba atômica.

O primeiro-ministro japonês, depois de depositar uma coroa de flores, reiterou neste sábado que Tóquio vai continuar a trabalhar por um mundo sem armas nucleares.

"Eu estou convencido de que [a visita de Obama] trouxe uma grande esperança para o Japão, o mundo e [especialmente] Hiroshima e Nagasaki", disse Abe.

Muitos japoneses consideram a destruição dessas duas cidades como crimes de guerra, uma vez que os alvos foram civis e sua capacidade de devastação sem precedentes.

Enquanto isso, muitos americanos acreditam que estes bombardeios, que precipitaram o fim da guerra entre os Estados Unidos e o Japão, impediu a perda de mais vidas.

Desde que Obama visitou Hiroshima, o parque e o museu memorial registraram um aumento no número de visitantes.

No entanto, uma associação de sobreviventes da bomba atômica ciriticou seu discurso de maio, considerando que faltou uma menção explícita da responsabilidade americana no bombardeio.

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