Mundo

Japão lembra em silêncio terremoto e tsunami

Japão lembrou hoje com um minuto de silêncio o terremoto e tsunami que há três anos deixaram mais de 18 mil mortos

Homenagem em Tóquio às vítimas do tsunami que atingiu o Japão em 2011: no total, o terremoto e o tsunami causaram 15.884 mortos e 2.633 desaparecidos (Franck Robichon/Pool/Reuters)

Homenagem em Tóquio às vítimas do tsunami que atingiu o Japão em 2011: no total, o terremoto e o tsunami causaram 15.884 mortos e 2.633 desaparecidos (Franck Robichon/Pool/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de março de 2014 às 09h43.

Fukushima - O Japão lembrou nesta terça-feira com um minuto de silêncio o terremoto e tsunami que há três anos deixaram mais de 18 mil mortos e desaparecidos no nordeste do país e provocaram em Fukushima um dos piores acidentes nucleares da história.

Em diferentes pontos do país foram realizadas cerimônias e foi guardado um minuto de silêncio às 14h46 locais (2h46 de Brasília), o momento exato no qual aconteceu o terremoto de 9 graus na escala Richter, em frente ao litoral da Prefeitura de Miyagi, que desencadeou a maior tragédia no país asiático desde a Segunda Guerra Mundial.

Nessa hora exata, muitas localidades do litoral nordeste, a região mais atingida, fizeram soar a sirene utilizada em caso de tsunami para lembrar às vítimas do desastre, enquanto em Tóquio começou um memorial com a participação do imperador do Japão e do primeiro-ministro Shinzo Abe.

Durante o ato, realizado no Teatro Nacional da capital japonesa com a presença de 1,2 mil pessoas, o chefe de governo lembrou as vítimas e destacou o "progresso" na reconstrução das regiões afetadas, "graças ao esforço da população local, dos agentes envolvidos e das pessoas de todo Japão".

Em frente ao palco, decorado com lírios e narcisos brancos e onde foi colocada uma tábua memorial de madeira de mais de dois metros junto com a bandeira do Japão, Abe admitiu, no entanto, que "ainda há muita gente em uma situação difícil" e, em particular, mencionou "todos aqueles que não puderam voltar para sua terra depois do acidente nuclear".


Por isso, destacou a necessidade de "se acelerar o ritmo da recuperação para que essas pessoas possam retornar à normalidade o mais rápido possível".

Por sua vez, o imperador Akihito ofereceu seu pesar às "almas" que foram perdidas no dia 11 de março de 2011 e lembrou que muitas pessoas continuam sem poder retornar para suas casas por causa da devastação e do acidente em Fukushima.

"Sinto dor ao pensar que há pessoas que nem sequer sabem quando vão poder retornar a seus lares", afirmou.

No entanto, o chefe de Estado admitiu que é reconfortante "ver que existem muitas pessoas, dentro e fora do Japão, que continuam se esforçando para ajudar as vítimas".

Por último, desejou que a lembrança do grande terremoto continue viva para que as gerações futuras "tenham um melhor sentido da prevenção contra os desastres e busquem tornar esta terra um lugar mais seguro".

Na cidade de Fukushima, a cerca de 60 quilômetros da usina nuclear, foi organizada uma cerimônia com vários concertos e que será encerrada durante a noite com o evento chamado "Luz da esperança", durante o qual se acenderão velas em sete lugares diferentes da cidade.

Depois do acidente nuclear, 200 mil pessoas foram evacuadas de localidades próximas da central de Fukushima Daiichi, e 50 mil delas continuam sem poder voltar para seus lares em um raio de entre 10 e 20 quilômetros ao redor da usina.

Em todo o Japão, aproximadamente 267 mil pessoas ainda vivem em alojamentos temporários, mais da metade dos 470 mil que tiveram que deixar suas casas há três anos devido ao tsunami, o terremoto e o acidente nuclear.

No total, o terremoto e o tsunami causaram 15.884 mortos e 2.633 desaparecidos, segundo os últimos dados da Agência Nacional de Polícia. 

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaDesastres naturaisJapãoMortesPaíses ricosTerremotosTsunami

Mais de Mundo

Biden assina projeto de extensão orçamentária para evitar paralisação do governo

Com queda de Assad na Síria, Turquia e Israel redefinem jogo de poder no Oriente Médio

MH370: o que se sabe sobre avião desaparecido há 10 anos; Malásia decidiu retomar buscas

Papa celebrará Angelus online e não da janela do Palácio Apostólico por resfriado