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Japão e Coreia do Norte começam reuniões sobre sequestros

Tóquio reconhece oficialmente 12 japoneses como sequestrados pela Coreia do Norte

Coreia do Norte: em 2002, Pyongyang admitiu 13 sequestros (REUTERS/KCNA)
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Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2014 às 06h07.

Tóquio/Seul - Representantes dos governos de Japão e Coreia do Norte começaram nesta terça-feira em Pyongyang suas reuniões para falar da investigação sobre os sequestros de cidadãos japoneses realizados durante anos pelo regime dos Kim.

A delegação japonesa se reúne entre hoje e amanhã com um comitê de investigação designado pelo regime de Kim Jong-un, com o objetivo de obter dados sobre os 12 japoneses que Tóquio reconhece oficialmente como sequestrados pela Coreia do Norte.

O Executivo japonês decidiu enviar essa missão a Pyongyang para "obter uma explicação detalhada" sobre a investigação desses casos por parte da Coreia do Norte, declarou à Agência Efe um representante do governo japonês.

Para Tóquio, é "prioritário" que se leve a cabo "uma investigação rápida e sincera sobre todos os sequestrados japoneses", disse a mesma fonte.

A delegação é liderada pelo diretor para a região da Ásia-Pacífico do Ministério das Relações Exteriores japonês, Junichi Ihara, que está acompanhado de outros dez representantes do governo e da Agência Nacional de Polícia e constitui a primeira do governo japonês na Coreia do Norte para tratar dos sequestros desde novembro de 2004.

A missão se reunirá com So Tae-ha, presidente do comitê de investigação norte-coreano, além de conselheiro de segurança na poderosa Comissão Militar Central e vice-ministro de Segurança Estatal, disseram fontes do Executivo japonês à agência "Kyodo".

O Ministério de Segurança Estatal é uma agência de polícia secreta da qual se acredita que possui muita informação sobre os sequestrados.

Tóquio afirma que pelo menos 17 japoneses (dos quais apenas cinco puderam retornar ao Japão) foram sequestrados entre 1977 e 1983 para dar aulas de cultura e idioma em programas de formação para espiões norte-coreanos, mas existe a suspeita de que centenas de japoneses foram capturados pelo regime dos Kim.

Em 2002, Pyongyang admitiu 13 sequestros, mas argumentou que, além dos cinco cidadãos que voltaram ao Japão, os outros oito morreram e que os quatro restantes alegados por Tóquio nunca pisaram em solo norte-coreano, uma versão que foi recebida com desconfiança pelo governo japonês.

Em maio, Pyongyang concordou em estabelecer um comitê de investigação para resolver o assunto e, em troca, o Japão decidiu suspender parte das sanções que mantinha há anos sobre o regime dos Kim.

No entanto, as autoridades norte-coreanas ainda não apresentaram um relatório que tinham se comprometido a entregar até outubro, argumentando que a investigação está se desenvolvendo mais lentamente do que era previsto.

O sequestro de cidadãos é o maior obstáculo para as relações entre os dois países, que não mantêm oficialmente contatos diplomáticos.

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Tóquio/Seul - Representantes dos governos de Japão e Coreia do Norte começaram nesta terça-feira em Pyongyang suas reuniões para falar da investigação sobre os sequestros de cidadãos japoneses realizados durante anos pelo regime dos Kim.

A delegação japonesa se reúne entre hoje e amanhã com um comitê de investigação designado pelo regime de Kim Jong-un, com o objetivo de obter dados sobre os 12 japoneses que Tóquio reconhece oficialmente como sequestrados pela Coreia do Norte.

O Executivo japonês decidiu enviar essa missão a Pyongyang para "obter uma explicação detalhada" sobre a investigação desses casos por parte da Coreia do Norte, declarou à Agência Efe um representante do governo japonês.

Para Tóquio, é "prioritário" que se leve a cabo "uma investigação rápida e sincera sobre todos os sequestrados japoneses", disse a mesma fonte.

A delegação é liderada pelo diretor para a região da Ásia-Pacífico do Ministério das Relações Exteriores japonês, Junichi Ihara, que está acompanhado de outros dez representantes do governo e da Agência Nacional de Polícia e constitui a primeira do governo japonês na Coreia do Norte para tratar dos sequestros desde novembro de 2004.

A missão se reunirá com So Tae-ha, presidente do comitê de investigação norte-coreano, além de conselheiro de segurança na poderosa Comissão Militar Central e vice-ministro de Segurança Estatal, disseram fontes do Executivo japonês à agência "Kyodo".

O Ministério de Segurança Estatal é uma agência de polícia secreta da qual se acredita que possui muita informação sobre os sequestrados.

Tóquio afirma que pelo menos 17 japoneses (dos quais apenas cinco puderam retornar ao Japão) foram sequestrados entre 1977 e 1983 para dar aulas de cultura e idioma em programas de formação para espiões norte-coreanos, mas existe a suspeita de que centenas de japoneses foram capturados pelo regime dos Kim.

Em 2002, Pyongyang admitiu 13 sequestros, mas argumentou que, além dos cinco cidadãos que voltaram ao Japão, os outros oito morreram e que os quatro restantes alegados por Tóquio nunca pisaram em solo norte-coreano, uma versão que foi recebida com desconfiança pelo governo japonês.

Em maio, Pyongyang concordou em estabelecer um comitê de investigação para resolver o assunto e, em troca, o Japão decidiu suspender parte das sanções que mantinha há anos sobre o regime dos Kim.

No entanto, as autoridades norte-coreanas ainda não apresentaram um relatório que tinham se comprometido a entregar até outubro, argumentando que a investigação está se desenvolvendo mais lentamente do que era previsto.

O sequestro de cidadãos é o maior obstáculo para as relações entre os dois países, que não mantêm oficialmente contatos diplomáticos.

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