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Japão acredita que poderá descontaminar água radioativa

Cerca de 105 mil toneladas de água contaminada inundam os reatores e dificultam a tarefa de resolver a crise nuclear em Fukushima

Técnicos trabalham para conter radiação em Fukushima: objetivo é descontaminar a água (Divulgação/Tepco)
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Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2011 às 16h08.

Tóquio - Após três meses do início da crise na usina de Fukushima, a Agência de Segurança Nuclear do Japão está otimista que será possível descontaminar em breve a água radioativa que se acumula na central e aumentar a proteção dos operários que lutam para controlar os reatores.

Em entrevista à Agência Efe, o representante da agência Hidehiko Nishiyama assegurou que há expectativas "muito altas" sobre um novo sistema para reciclar as toneladas de água radioativa que dificultam seriamente o trabalho dos operários.

O novo método, que a operadora da central, a Tepco, tenta iniciar nesses dias, inclui um dispositivo que absorve o césio radioativo mediante o uso de vários minerais, entre eles o conhecido como zeolita, e substâncias químicas que ajudam a dissipar os componentes radioativos.

O objetivo é reduzir drasticamente a contaminação da água que alaga a central, que no início do mês era calculada em 105 mil toneladas e que, segundo a imprensa local, aumenta a um ritmo de 500 toneladas por dia.

Nishiyama ressaltou que, com este sistema, se espera "resolver a grave dificuldade" que representa a água radioativa.

O representante da agência ressaltou que outra das prioridades é assegurar que os operários que trabalham dia e noite na central possam fazê-lo nas melhores condições possíveis, que previsivelmente se agravarão com as altas temperaturas do verão.

Desde que teve início a crise e até o final de maio tinham entrado nas instalações de Fukushima cerca de 7,8 mil operários, que lutam para controlar os reatores 1, 2 e 3, cujo sistema de refrigeração ficou danificado pelo devastador tsunami de 11 de março e foram expostos a altíssimos níveis de radiação.

Em relação à radioatividade na região, o representante da agência considerou que a atual área de evacuação em torno da central é "suficiente", apesar de grupos como Greenpeace pedirem sua ampliação.

Após o acidente de Fukushima, a agência afirmou que o país "tem que ser mais prudente na hora de introduzir energia nuclear" e prevê um futuro que passa pela combinação de recursos.

"As energias renováveis são muito importantes, mas, por enquanto, instáveis, e os hidrocarbonetos representariam um problema para a economia japonesa, portanto, o futuro é a combinação das três", declarou.

Sobre a possibilidade de um acidente deste tipo se repetir, Nishiyama ressaltou que o caso de Fukushima fez reforçar a segurança no resto dos reatores do país, que são mais de 50.

No sábado se completam três meses desde o terremoto e o tsunami de 11 de março, que deixarem mais de 23 mil mortos e causaram desaparecidos e prejuízos milionários.

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Tóquio - Após três meses do início da crise na usina de Fukushima, a Agência de Segurança Nuclear do Japão está otimista que será possível descontaminar em breve a água radioativa que se acumula na central e aumentar a proteção dos operários que lutam para controlar os reatores.

Em entrevista à Agência Efe, o representante da agência Hidehiko Nishiyama assegurou que há expectativas "muito altas" sobre um novo sistema para reciclar as toneladas de água radioativa que dificultam seriamente o trabalho dos operários.

O novo método, que a operadora da central, a Tepco, tenta iniciar nesses dias, inclui um dispositivo que absorve o césio radioativo mediante o uso de vários minerais, entre eles o conhecido como zeolita, e substâncias químicas que ajudam a dissipar os componentes radioativos.

O objetivo é reduzir drasticamente a contaminação da água que alaga a central, que no início do mês era calculada em 105 mil toneladas e que, segundo a imprensa local, aumenta a um ritmo de 500 toneladas por dia.

Nishiyama ressaltou que, com este sistema, se espera "resolver a grave dificuldade" que representa a água radioativa.

O representante da agência ressaltou que outra das prioridades é assegurar que os operários que trabalham dia e noite na central possam fazê-lo nas melhores condições possíveis, que previsivelmente se agravarão com as altas temperaturas do verão.

Desde que teve início a crise e até o final de maio tinham entrado nas instalações de Fukushima cerca de 7,8 mil operários, que lutam para controlar os reatores 1, 2 e 3, cujo sistema de refrigeração ficou danificado pelo devastador tsunami de 11 de março e foram expostos a altíssimos níveis de radiação.

Em relação à radioatividade na região, o representante da agência considerou que a atual área de evacuação em torno da central é "suficiente", apesar de grupos como Greenpeace pedirem sua ampliação.

Após o acidente de Fukushima, a agência afirmou que o país "tem que ser mais prudente na hora de introduzir energia nuclear" e prevê um futuro que passa pela combinação de recursos.

"As energias renováveis são muito importantes, mas, por enquanto, instáveis, e os hidrocarbonetos representariam um problema para a economia japonesa, portanto, o futuro é a combinação das três", declarou.

Sobre a possibilidade de um acidente deste tipo se repetir, Nishiyama ressaltou que o caso de Fukushima fez reforçar a segurança no resto dos reatores do país, que são mais de 50.

No sábado se completam três meses desde o terremoto e o tsunami de 11 de março, que deixarem mais de 23 mil mortos e causaram desaparecidos e prejuízos milionários.

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