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Itália investiga possível papel do EI em fluxo de imigrantes

A maior parte da rota imigratória entre a Turquia e a Grécia foi fechada desde que a União Europeia e Ancara firmaram um acordo de repatriação em março


	Migrantes: Gangues de criminosos vêm se aproveitando do caos líbio para cobrar centenas de dólares de viajantes oriundos sobretudo da África subsaariana
 (Antonio Parrinello / Reuters)

Migrantes: Gangues de criminosos vêm se aproveitando do caos líbio para cobrar centenas de dólares de viajantes oriundos sobretudo da África subsaariana (Antonio Parrinello / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2016 às 14h43.

Roma - A Itália está investigando se o Estado Islâmico está envolvido na organização da travessia de dezenas de milhares de imigrantes através do Mar Mediterrâneo, disse o ministro da Justiça italiano nesta quarta-feira.

A maior parte da rota imigratória entre a Turquia e a Grécia foi fechada desde que a União Europeia e Ancara firmaram um acordo de repatriação em março, mas centenas de pessoas continuam chegando às praias italianas todos os dias, principalmente saídas da Líbia.

Gangues de criminosos vêm se aproveitando do caos líbio para cobrar centenas de dólares de viajantes oriundos sobretudo da África subsaariana que anseiam por uma vida melhor na Europa.

"Com base nas informações disponíveis, existe uma investigação em andamento para saber se representantes do Estado Islâmico exercem papéis cruciais no controle e na administração dos fluxos imigratórios para a Itália", disse o ministro Andrea Orlando a um comitê parlamentar.

Na audiência sobre imigração, o acordo de livre circulação do Espaço Schengen e a atividade da agência de polícia europeia, Europol, ele falou que os detalhes do inquérito são secretos.

"Os riscos que temos que correr são altos", afirmou, acrescentando que também existe a suspeita de que os militantes estejam tentando influenciar em quais locais os imigrantes são acomodados na Itália.

O grupo extremista vem fazendo dinheiro com a venda de petróleo de campos que tomou no Oriente Médio e no norte africano e dos saques de armas e munições.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, tem dito que grupos de militantes vêm levando integrantes à Europa clandestinamente entre os imigrantes.

É comum os imigrantes serem levados da Líbia para a Itália em embarcações frágeis.

Um total de 4.027 imigrantes ou refugiados morreram em todo o mundo este ano, três quartos deles no Mediterrâneo, disse a Organização Internacional para as Migrações (OIM) na terça-feira, um aumento de 35 por cento na cifra global durante os sete primeiros meses de 2015. Mais de 257 mil imigrantes e refugiados chegaram à Europa pelo mar neste ano, segundo a entidade.

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