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Israel diz que ataque do Irã terá resposta e analisa opções militares

Gabinete de guerra do governo israelense fez nova reunião nesta segunda; ataque virtual é uma opção, segundo jornais

Gabinete de guerra de Israel, com o premiê Benjamim Netanyahu ao centro
 (Governo de Israel/AFP)

Gabinete de guerra de Israel, com o premiê Benjamim Netanyahu ao centro (Governo de Israel/AFP)

Rafael Balago
Rafael Balago

Repórter de macroeconomia

Publicado em 15 de abril de 2024 às 15h56.

Última atualização em 15 de abril de 2024 às 16h10.

O governo de Israel voltou a dizer, nesta segunda, 15, que irá revidar o ataque feito pelo Irã contra o país no fim de semana, mas ainda não foi revelado como e quando isso será feito.

A confirmação foi dada por Herzi Halevi, chefe de gabinete da IDF, as forças armadas de Israel. "Este lançamento de tantos mísseis ao território de Israel terá uma resposta", disse a jornalistas, após uma reuniao do gabinete de segurança de Israel, segundo a BBC. Ele disse ainda que as opções de revide estão sendo analisadas.

A nova etapa da crise entre Israel e Irã começou depois que um ataque atribuído a forças israelenses atingiu o consulado do Irã em Damasco, na Síria, em 1º de abril, e matou dois generais iranianos.

No sábado, 13, o Irã revidou com um ataque direto ao território de Israel, com mais de 300 mísseis e drones. O sistema de defesa de Israel barrou 99% deles, segundo o governo israelense.

Aliados de Israel, incluindo os Estados Unidos, pediram moderação e disseram que não apoiarão uma retaliação israelense ao Irã. "Não apoiamos um ataque em represália", declarou nesta segunda-feira o chefe da diplomacia do Reino Unido, David Cameron. O presidente francês, Emmanuel Macron, fez um apelo que as partes evitem uma "conflagração", um pedido compartilhado por grande parte da comunidade internacional.

O governo iraniano disse que um ataque por parte de Israel pode levar à uma nova represália, escalando o conflito.

Segundo o Wall Street Journal e o Washington Post, Israel estuda medidas que sejam capazes de passar uma mensagem de que houve retaliação, mas sem escalar o conflito para uma guerra nem demandar um esforço exagerado dos militares, que também estão concentrados na operação na Faixa de Gaza. Uma das opções seria um ataque virtual a sistemas do Irã ou bombardeios a instalações como as de petróleo.

Outra possibilidade é atacar algum aliado do Irã, como o Hezbollah, na Palestina, ou os houthis no Iêmen.

A ação do Irã contra Israel teve maior força por ser um ataque direto ao território israelense feito a partir do Irã. Os dois países vivem em tensão há anos, mas costumavam se atacar por meio de terceiros. O Irã apoia grupos como o Hamas e o Hezbollah, que fazem ataques contra Israel.

Na reunião do Conselho de Segurança da ONU convocada em caráter de urgência no domingo, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, alertou sobre uma possível intensificação do conflito no Oriente Médio.

"Nem a região, nem o mundo podem se permitir mais guerras", clamou Guterres. "O Oriente Médio está à beira do abismo", declarou.

O embaixador israelense, Gilad Erdan, defendeu na reunião que o Conselho de Segurança "precisa agir" e impor "todas as sanções possíveis ao Irã antes que seja tarde demais".

O porta-voz da diplomacia iraniana, Nasser Kananim, afirmou nesta segunda-feira que as potências ocidentais deveriam "apreciar a moderação do Irã nos últimos meses, ao invés de fazer acusações".

Com AFP.

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