Mundo

Israel quer evitar 'acordo perigoso' com Irã, diz premiê

Negociações para conter o programa nuclear do Irã acabaram sem acordo hoje após a França dizer que as medidas propostas não foram longe o suficiente

Primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu: as negociações devem ser retomadas em 20 de novembro (Getty Images)

Primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu: as negociações devem ser retomadas em 20 de novembro (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2013 às 15h37.

Jerusalém - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse neste domingo que Israel fará o possível para evitar que as potências mundiais cheguem a um acordo "ruim e perigoso" com o Irã sobre o programa nuclear do país. Netanyahu disse que conversou com cinco dos seis representantes de potências mundiais que estão negociando com o Irã. "Sugeri que eles esperassem", disse, em declaração repassada por seu gabinete. "Espero que eles cheguem a um bom acordo, e faremos o possível para convencer as potências mundiais a evitar um acordo ruim."

As negociações para conter o programa nuclear do Irã acabaram sem acordo no início deste domingo após a França dizer que as medidas propostas não foram longe o suficiente.

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse que os Estados Unidos estão tratando as negociações com muito cuidado e reiterou o comprometimento do país com Israel. Segundo ele, este será um bom acordo ou não haverá acordo.

"Algumas das pessoas mais sérias, capacitadas e hábeis do nosso governo, que passaram a vida lidando tanto com o Irã quanto com armamentos e proliferação nuclear, estão envolvidos na negociação", disse Kerry em entrevista ao programa de TV Meet the Press, da rede NBC.

"Não somos cegos, e não acho que somos estúpidos", afirmou. "Acho que temos uma ideia bem clara de como avaliar se estamos ou não agindo em nome do interesse de nosso país e do globo, e particularmente do de nossos aliados como Israel e países do Golfo Pérsico e outros na região."

O senador republicano Lindsey Graham, da Carolina do Sul, disse esperar que o Congresso proponha uma nova rodada de sanções contra o Irã e também condições para um acordo. Graham criticou os negociadores norte-americanos por sua disposição em aceitar um acordo que relaxa as sanções contra o Irã sem exigir que o país suspenda totalmente seus programas de enriquecimento de urânio. "Se recuarmos agora, acho que estaremos enviando um sinal equivocado."

As negociações devem ser retomadas em 20 de novembro.

Acompanhe tudo sobre:ArmasÁsiaIrã - PaísIsrael

Mais de Mundo

Milhares se reúnem na maior mesquita do Catar para o funeral do líder do Hamas

Tudo o que se sabe sobre a maior troca de prisioneiros entre EUA e Rússia desde a Guerra Fria

Em meio a acusações de censura após assassinato de líder do Hamas, Turquia bloqueia Instagram

González Urrutia diz estar 'firme' após ameaças de prisão de Maduro: 'Sigo ao lado do povo'

Mais na Exame