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Israel minimiza declarações dos EUA sobre colônias

A Casa Branca sugeriu que a construção de novas colônias israelenses na Cisjordânia ocupada não ajudaria no conflito entre israelenses e palestinos

Assentamentos: o governo israelense divulgou seus planos para erguer 3.000 casas no leste da Cisjordânia (Baz Ratner/Reuters)
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AFP

Publicado em 3 de fevereiro de 2017 às 11h07.

Israel minimizou as afirmações da Casa Branca sugerindo que as colônias não ajudarão a resolver o conflito e prefere esperar até a reunião prevista entre o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o presidente americano Donald Trump.

Danny Danon, embaixador israelense ante a ONU, afirmou à rádio pública que as declarações da Casa Branca, as primeiras depois da série de anúncios israelenses, não representam uma mudança.

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Danon evitou pronunciar-se claramente a respeito se o governo ia deixar de fazer anúncios de novos assentamentos, mas deu a entender que poderá suspendê-los até a reunião entre Netanyahu e Trump em Washington, em 15 de fevereiro.

A Casa Branca afirmou na quinta-feira que ainda não adotou uma postura oficial frente à construção de novas colônias israelenses na Cisjordânia ocupada, mas sugeriu que as mesmas não ajudariam no conflito entre israelenses e palestinos.

"Embora não acreditemos que a existência de assentamentos seja um impedimento para a paz, a construção de novos assentamentos, ou a expansão dos existentes além de suas fronteiras atuais, não seriam de ajuda" para alcançar esse objetivo, declarou o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer.

A declaração marca um distanciamento da postura prévia do presidente Donald Trump, que defendeu a construção de moradias por parte de Israel.

Recentemente, o governo israelense divulgou seus planos para erguer 3.000 casas no leste da Cisjordânia, o quarto anúncio desse tipo desde que Trump assumiu o poder, em 20 de janeiro.

Os especialistas argumentam que as novas construções ameaçam uma solução entre os dois Estados - um palestino e outro israelense.

Os assentamentos na Cisjordânia ocupada e no leste de Jerusalém são considerados ilegais sob a lei internacional e um obstáculo para a paz, já que são territórios onde os palestinos esperam criar seu Estado.

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